Para efetuar o correto armazenamento do milho, é preciso conhecer os aspectos que envolvem essa atividade. Existem vários tipos de armazenagem para atender às diferentes condições locais e aos diferentes produtos, bem como às características da propriedade. Nas pequenas, por exemplo, entre os métodos mais comuns estão o armazenamento de espigas e o a granel. Muitos produtores os realizam de forma errada ou simplesmente não o fazem por não o conhecerem ou não saberem de sua importância para a qualidade do produto final. Portanto, informar-se é o primeiro passo para obter sucesso no adequado armazenamento do milho.
Para começar, é importante entender que “os principais problemas para o armazenamento dos grãos são o ataque de pragas e doenças e a umidade do grão. Para evitá-las, existem diversas formas de armazenamento do milho e o que vai determinar a escolha do método é o nível tecnológico, a disponibilidade de recursos e o volume a ser armazenado”, explicam os professores do curso Produção de Milho em Pequenas Propriedades, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
De fato, a forma de armazenagem interfere na qualidade desses produtos agrícolas. No caso das pequenas propriedades, tradicionalmente, o milho é guardado como espiga ou em paiol, mas tais práticas por elas mesmas não são garantias de que o milho não sofrerá danos. Outros fatores precisam ser considerados nessa atividade, como as cultivares e a colheita. A resistência a pragas e doenças varia também de acordo com a composição química de cada variedade de milho, as bem empalhadas por exemplo correm menos risco de serem invadidas por carunchos. Já, no que se refere à colheita, a manual é uma prática que provoca poucos danos à espiga.
Armazenamento de espigas
Um método simples e que exige baixo investimento, o armazenamento de espigas possui vantagens mas também desvantagens. “Esse método é mais dependente da cultivar utilizada para a manutenção da qualidade do produto, o melhor empalhamento das espigas favorece a boa conservação, desfavorecendo o ataque de pragas”, acrescentam os professores do curso. Mas, mesmo assim, uma desvantagem é que ocorrem grandes perdas.
O paiol é o local de alvenaria designado para abrigar os milhos. Ele pode ser construído com material da própria fazenda e precisa ser arejado e protegido contra roedores e insetos. Mas, tal prevenção não é suficiente. Embora a palha dê proteção ao milho, quando o período de armazenagem é longo, é preciso efetuar o controle de pragas. Os paióis abertos costumam receber espigas com palha e os fechados guardam as sem palha. Esses métodos podem atender tanto à comercialização quanto à alimentação animal.
Armazenamento a granel
Já no armazenamento a granel, o milho vai para o depósito depois do processo de debulha. Nem a palha nem o sabugo são armazenados. Já que dessa forma os grãos ocupam menor espaço, ela é recomendada para produções em grande quantidade. Para isso, mesmo as pequenas propriedades costumam usar máquinas que colhem e debulham simultaneamente.
Nesse método, os grãos são guardos em sacos e os locais designados para a conservação deles podem ser tanto os paióis quanto os silos e armazéns. “O silo é a forma mais utilizada e mais segura de armazenamento do milho em grão porque permite maior controle da qualidade, dada a facilidade de associação com sistemas de secagem com ar forçado”, afirmam os professores do curso CPT. Além disso, eles informam que os silos podem ser classificados como verticais, cuja relação altura:largura é 2:1, e como horizontais, quando essa relação é menor que 2:1, sendo chamado também de graneleiro.
O curso traz várias outras informações a respeito de tais métodos de armazenamento, bem como aborda outros tópicos referentes à cultura do milho. Acesse e confira!
Por Luci Silva
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