A adubação das pastagens está diretamente relacionada à qualiadade das forrageiras, capacidade de suporte e à alta produtividade da pecuária.
No Brasil, a produção de bovinos em sistemas de pastagens é caracterizada como uma atividade de exploração extrativista, em pastos estabelecidos em solos exauridos por outras culturas; pela erosão; ou em solos de baixa fertilidade natural. Atualmente, mais da metade da pecuária bovina encontra-se nos estados do Brasil Central, em pastagens implantadas em solos ácidos; pobres em fósforo, cálcio, magnésio, zinco, enxofre, nitrogênio, potássio, cobre, boro, matéria orgânica e com níveis tóxicos de alumínio e manganês.
Em referência, Aguiar (1997) citou os níveis médios dos principais componentes desses tipos de solos como sendo pH em H2O igual a 5,0, cálcio trocável igual a 0,25 cmolc/dm3; magnésio trocável igual a 0,09 cmolc/dm3; potássio trocável igual a 0,08 cmolc/dm3; fósforo trocável igual a 0,4 ppm; matéria orgânica igual a 2,2% (22 g/kg); e capacidade de troca catiônica (CTC) igual a 1,1 cmolc/dm3. Com esses níveis, a produção de forragem é suficiente apenas para taxas de lotação animal entre 0,41 a 0,48 UA/ha/ano. Essa baixa lotação animal caracteriza um grande desperdício de recursos climáticos tão favoráveis dessa região; de solos planos e profundos; do potencial de produção das plantas forrageiras tropicais; e determina que, naquelas condições, a produção animal a pasto é uma das piores alternativas de uso da terra quando comparado com outras culturas.
Quando esses recursos ambientais são explorados com eficiência, pode-se estabelecer altas produtividades em sistemas de pastagens, com lotação animal entre 2,0 a 20,0 UA/ha, durante a primavera-verão; produtividade da ordem de 300 a 3.600 kg/ha/ano (150 a 1.800 kg de carcaça/ha/ano); e produção de leite entre 5.000 a 60.000 kg de leite/ha/ano. Com esses níveis de produção animal, os sistemas de produção de leite e carne a pasto passam a ser muito competitivos com os sistemas de produção baseados na estabulação animal, com fornecimento de altas quantidades de concentrados, e com outras alternativas de uso da terra.
Nesse contexto, a adubação das pastagens é fator determinante para manter a produtividade da atividade pecuária, assim como a manutenção da forrageira, impedindo a degradação dos pastos. A mesma tem grande correlação positiva com a qualidade da forragem, capacidade de suporte das pastagens, conservação do solo, dentre outros. Alguns pecuaristas e técnicos já estão convencidos da necessidade da adubação das pastagens para evitar a sua degradação e para explorar o alto desempenho animal e a alta produtividade por hectare.
Com o objetivo de mostrar as técnicas e a viabilidade econômica da adubação de pastagens para bovinos de corte e leite o CPT – Centro de Produções Técnicas em parceria com a FAZU - Faculdades Integradas de Uberaba – MG, elaborou o curso “Adubação de Pastagens”, no qual você receberá informações do zootecnista Adilson de Paula Almeida Aguiar, professor da FAZU, especialista em pastagens, renomado consultor de mais de 100 fazendas em todo o país.
Após fazer o curso e ser aprovado na avaliação, o aluno recebe um certificado de conclusão emitido pela UOV – Universidade On-line de Viçosa, filiada mantenedora da ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância.
O grande erro dos pecuaristas é o desinteresse pela adubação das pastagens, causado pelos mitos que essa prática é inviável economicamente ou que as forrageiras tropicais são pouco exigentes em fertilidade do solo, não necessitando de adubações. Pelo contrário, considerando os resultados de várias pesquisas, a adubação em si é economicamente viável e necessária à boa produtividade como um todo.
Este conteúdo pode ser publicado livremente, no todo ou em parte, em qualquer mídia, eletrônica ou impressa, desde que contenha um link remetendo para o site www.cpt.com.br.
Cursos Relacionados
Deixe seu comentário
Informamos que a resposta será publicada o mais breve possível, assim que passar pela moderação.
Obrigado pela sua participação.