“Mastite é a inflamação da glândula mamária geralmente desencadeada com o objetivo de destruir ou neutralizar bactérias e suas toxinas, que adentram no úbere da vaca. A mastite pode se apresentar de duas formas: clínica e subclínica. Ambas prejudicam o funcionamento da glândula mamária e reduzem drasticamente a produção de leite”, explica Leonardo Cotta Quintão, professor do Curso CPT Controle de Mastite (CCS) e Contagem Bacteriana Total (CBT) do Leite - De Acordo com a IN 77.
Como identificar a mastite em vacas durante a ordenha?
As mastites clínica aguda e clínica crônica são de fácil identificação. Na primeira, ocorre vermelhidão, inchaço e calor no úbere, além de queda na produção de leite. Em casos mais severos, a vaca para de produzir leite por completo. Na segunda, o quarto mamário infeccionado enrijece devido à fibrose local. Já na mastite subclínica, os sinais não são visíveis, o que torna difícil a sua detecção imediata. Geralmente, ocorre queda da produção de leite, além de alterações no leite (pus e grumos).
Quais os testes que identificam a mastite subclínica?
A forma de detectar a mastite subclínica (não visível) é com os testes CMT (California Mastitis Test) ou CCS (Contagem de Células Somáticas). No teste CMT ou teste da bandeja, amostras de leite são coletadas de cada quarto mamário da vaca. Em seguida, adiciona-se um reagente ao leite coletado e aguarda-se a reação. Quando a vaca está com mastite, forma-se uma espécie de gel, com maior ou menor intensidade, de acordo com o grau de infecção. A vaca com mastite deve ser isolada das vacas sadias para tratamento.
Quando tratar a mastite em vacas secas?
O início do período seco é a melhor época para tratamento da mastite subclínica. Em especial porque o antibiótico terá, no mínimo, 60 dias para agir na glândula mamária. Com isso, a mastite é combatida com mais eficiência. Até mesmo as vacas secas sem indícios de mastite devem ser tratadas preventivamente com antimastítico para não haver chances de microrganismos latentes sobreviverem o período seco.
Quando tratar a mastite em vacas em lactação?
O tratamento da mastite clínica em vacas em lactação deve ser imediato para não comprometer as estruturas secretoras de leite dos quartos mamários da vaca. Já o tratamento da mastite subclínica (sem sinais visíveis) pode ser feito no início do período de seco da vaca, contanto que sejam tomados os devidos cuidados para que ela não se agrave e nem coloque em risco as outras vacas do rebanho.
Quais os principais agentes causadores de mastite?
Os agentes infecciosos e os agentes ambientais causam mastite em vacas. Os primeiros correspondem às bactérias Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae, que penetram o teto da vaca e causam infecções nas glândulas mamárias. Quanto aos segundos, estes são microsganismos presentes no esterco, que se multiplicam em condições favoráveis. Os mais comuns são os coliformes fecais Enterobacter spp. e Escherichia coli.
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Fonte: Milk Point - milkpoint.com.br
Por Andréa Oliveira.
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