
O pedilúvio e o casqueamento preventivos são boas alternativas de controle das doenças do casco. “Estas duas medidas devem ser incluídas na rotina da fazenda, de modo que todas as vacas em idade adulta participem do controle das afecções podais”, afirma Pacifico Antônio Diniz Belém, professor do Curso CPT Enquanto o Veterinário Não Chega - Atendimento a Bovinos.
Pedilúvio
O pedilúvio é uma solução que contém um produto químico que visa promover o endurecimento da sola dos cascos dos animais tornando-os mais resistentes, combater os agentes infecciosos e evitar a disseminação de lesões contagiosas. As soluções de formol ou sulfato de cobre são as mais comumente utilizadas em concentração 5%, ou seja, 5 litros de formalina ou 5 kg de sulfato de cobre diluídos em cada 100 litros de água.
Os animais devem passar no pedilúvio diariamente e a solução deve ser trocada depois da passagem de 200 animais. Antes do compartimento da solução do pedilúvio, deve-se construir um lavapés bem amplo para que o animal possa retirar o excesso de sujidade dos pés antes de chegar até a solução do pedilúvio, para que essa tenha ação direta nos pés dos animais. A solução deve ser trocada sempre que tiver muita matéria orgânica. A água do lava-pés deve ser trocada todas as vezes que os animais passarem por ela. Se o número de animais for grande, ela deve ser trocada mais vezes durante a passagem.
Casqueamento
Os cascos dos bovinos têm um crescimento natural, que se não forem aparados, poderão gerar irregularidades e assim doenças, particularmente nos animais que experimentam episódios de laminite. O casqueamento visa restaurar um apoio adequado do animal sobre os cascos, corrigir as irregularidades do crescimento, identificar e corrigir as lesões nos estágios iniciais, proporcionar descanso as unhas doentes ou lesadas para que essas se recuperem, além de remover todos os tecidos mortos do casco.
Quando o casqueamento é devidamente realizado, os cascos são reduzidos a proporções e superfícies normais e as estruturas retornam as suas funções normais, trazendo conforto para o animal que terá condições de expressar todo o seu potencial produtivo por mais tempo. O casqueamento deve ser realizado de 1 a 2 vezes ao ano.
O casqueamento é feito basicamente através dos seguintes cortes:
1) Aparar as pinças das unhas maiores que 7,5 centímetros de comprimento;
2) Rebaixar a pinça para que o animal se apóie mais na sola do que no talão;
3) Abrir o espaço interdigital, para facilitar a saída de sujidades;
4) Alinhar os talões para que tenham a mesma altura.
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Por Silvana Teixeira.
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