
Podemos conceituar exigência nutricional “como a quantidade necessária de cada nutriente requerido para a manutenção, o crescimento, a reprodução e a produção de determinada espécie ou categoria animal”. Segundo Juliano Ricardo Resende, Professor do Curso CPT Alimentação de Vacas Leiteiras em Pasto e em Confinamento, a produção de leite é um processo natural na vaca, mas, quando se pretende produzir comercialmente e de forma rentável, a atenção às exigências nutricionais e à formulação da dieta se torna fundamental.
Os aspectos que determinam a exigência diária de nutrientes e energia pelo animal são relativos ao nível de produção, peso corporal, estágio fisiológico e pela interação com o ambiente (fatores climáticos, instalações e equipamentos, manejo, tipo de alimento etc.). Os recursos utilizados para suprir tais exigências são alguns tipos de alimentos que devem ser disponibilizados aos animais, normalmente classificados segundo suas características nutricionais, em alimentos volumosos, concentrados e suplementos vitamínicos e minerais.
As vacas leiteiras vivenciam fases distintas em relação a suas atividades produtivas no rebanho, ao longo do ano. Tais fases influenciam diretamente na ingestão de alimentos e nas exigências nutricionais dos animais, em relação à energia e proteína. Em nível de rebanho significa que, em função do padrão de nascimentos ao longo do ano, as quantidades e os tipos de alimentos demandados poderão variar consideravelmente mês a mês.
Como exemplo, uma vaca de 600 kg de peso corporal terá suas exigências variadas em grandes proporções em relação à energia e proteína. No início da lactação, esse animal receberia dietas com 73% de NDT e 19% de PB, considerando que, nesse período, o ritmo de incremento na produção de leite é superior à capacidade de ingestão de alimentos, resultando em um balanço energético negativo, ou seja, perda de peso pelo animal.
O mesmo animal, em fase posterior, poderia receber dietas com menores concentrações de energia e proteína, pois a capacidade de ingestão de alimentos permitiria ao animal compensar a menor densidade pelo maior consumo de MS. Dividindo-se o período de lactação em 3 fases, supondo-se que o referido animal estivesse produzindo cerca de 30 kg de leite/dia na fase intermediária e cerca de 20 kg na fase final, as dietas teriam as seguintes características, ao longo da lactação: fase inicial com 73% de NDT e 19% de PB na MS; fase intermediária com 71% de NDT e 16% de PB na MS; e fase final com 67% de NDT e 15% de PB na MS (DAMASCENO et al, [sd]).
Aprimore seus conhecimentos sobre o assunto. Leia a(s) matéria(s) a seguir:
- Nutrientes essenciais na alimentação de vacas leiteiras
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Por Silvana Teixeira.
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