Os três parasitas externos de maior importância econômica para pecuária de leite são o carrapato, o berne e a mosca do chifre, contudo, é o carrapato que propicia mais prejuízos, mas também pode ser controlado com maior eficiência. Os bernes apresentam processo de disseminação complexo e são tratados apenas localmente, e a mosca do chifre também é atingida enquanto se controlam os carrapatos.
Esses prejudicam os animais ao sugarem o sangue, um dos componentes mais importantes do corpo, causando-lhes desgastes muitas vezes irrecuperáveis. São caracterizados por esfoliação sanguínea e suas consequências, como anemia, prurido, irritação, quedas no peso e na produção, predisposição à instalação de miíases e desvalorização dos couros. Além da transmissão de agentes causadores de doenças, como a tristeza parasitária bovina, piroplasmose ou doença do carrapato, e, ainda, gastos com a aquisição de medicamentos e de mão-de-obra especializada para o tratamento dos animais, e perda dos bovinos que vão a óbito.
Para melhorar a eficiência de controle dos parasitas utiliza-se o chamado controle estratégico, que leva em consideração a correlação entre o clima e as fases da vida dos mesmos ao longo do ano, o tipo de manejo da pastagem, o grau de sangue dos animais, escolha do produto adequado, aplicação de maneira correta e na época mais propícia.
Durante os meses mais quentes e úmidos do ano, os carrapatos, em suas diferentes fases da vida, desenvolvem-se de forma mais acelerada, fazendo surgir uma nova geração, e é justamente nessa época que o controle estratégico deve ser feito, aproveitando que a população não está tão grande e que o ciclo de vida acontece mais rapidamente. As pulverizações deverão ser concentradas ao longo desses períodos de maneira a sobrarem poucos carrapatos para as três gerações seguintes, que se sucederão ao longo do resto do ano. Seu objetivo, portanto, é manter a população de carrapatos em níveis mínimos, que não causem danos ao rebanho.
A mosca-dos-chifres ataca os bovinos principalmente nas partes altas do seu corpo, costas e cupim, onde sugam o sangue como alimento e fazem o acasalamento. Esse processo provoca uma anemia severa e muita inquietação, o que ocasiona perda de peso e queda na produção leiteira. Devido à inexistência de trabalhos científicos nacionais, o Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte - CNPGC - da EMBRAPA, com base na literatura estrangeira, tem sugerido um controle experimental e racional. Mas, para estabelecer a real importância dessa mosca e as melhores maneiras de combatê-la, devem-se ter dados próprios sobre sua epidemiologia e danos causados por ela, em diversas regiões do país, sendo utilizados o controle com inseticidas e com a introdução do besouro “rola bosta”, seu inimigo natural.
Os bernes são tratados de forma bastante simples. É preciso considerar que o ciclo biológico desse parasita é tão complexo, envolvendo, inclusive, outras espécies de insetos, que se torna praticamente impossível fazer o controle preventivo. O que é mais usado é o tratamento local, com produtos bernicidas, no próprio animal, depois que já foi afetado.
Com o objetivo de mostrar, detalhadamente, o sistema estratégico de controle dos carrapatos e o manejo integrado nas pastagens, assim como técnicas para tratamento dos bernes e da mosca-dos-chifres, o CPT – Centro de Produções Técnicas elaborou o curso “Controle de Carrapato, Berne e Mosca-dos-Chifres” no qual você receberá informações do Doutor John Furlong, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, especialista em parasitas de bovinos, e da zootecnista e Mestre em genética e melhoramento animal Patrícia Tristão Mendonça.
Nele são abordados a vida do carrapato; a relação entre os carrapatos e o clima; os erros típicos no controle de carrapatos; o sistema estratégico de controle; o controle integrado; os carrapatos e os carrapaticidas; como retardar a resistência; a escolha do produto carrapaticida; moscas-dos-chifres e bernes.
Após fazer o curso e ser aprovado na avaliação, o aluno recebe um certificado de conclusão emitido pela UOV – Universidade On-line de Viçosa, filiada mantenedora da ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância.
O controle desses parasitas é de suma importância para a eficiência da produtividade da pecuária de leite. A busca de informações sobre o ciclo de vida dos mesmos, como o clima e o manejo da sua região, assim como a escolha do tratamento adequado afetam o controle deles, de forma bastante relevante.
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