O melhoramento genético do gado de leite pode ser realizado pela seleção dos melhores animais que serão mantidos no rebanho para pais da próxima geração ou pelo cruzamento entre uma ou mais raças. Qualquer que seja o procedimento a ser usado, é importante que os animais de genética superior sejam identificados.
Nas comparações dos dados das diversas vacas do rebanho, no momento de selecionar as melhores e descartar as piores, e entre vacas de diferentes rebanhos, será necessário considerar que muitos deles poderão estar influenciados por fatores não-genéticos e as conclusões obtidas poderão ser imprecisas, se nas comparações não levarmos em conta a existência dos mesmos.
Fatores não-genéticos
Por conveniência, esses são considerados como fatores ambientais, sendo muito importantes por contribuírem com cerca de 75% da variação na produção. Muitos deles podem ser medidos e, por serem responsáveis por padrão conhecido de variação na produção, essa poderá ser ajustada levando-os em consideração, por meio dos fatores de ajustamento.
Alguns são literalmente por causa do ambiente, como por exemplo: região, fazenda dentro da região, diferenças sazonais de ano para ano, doenças, entre outros. Outros são de natureza fisiológica, como: sexo, idade, gestação, lactação, efeitos maternos, entre outros. Em algumas situações, parte da variação não é atribuível a qualquer causa específica genética ou de meio ambiente, sendo, entretanto, também atribuída ao ambiente. Por exemplo, a variabilidade em virtude de interações de herança e ambiente.
Conhecem-se bem os efeitos de vários fatores de meio ambiente na variação da produção de leite. Dentre os mais importantes, destacam-se: duração da lactação, número de ordenhas, idade da vaca e época de parição.
Duração da lactação
O estudo do período de lactação, tempo decorrido entre o parto e a secagem da vaca, assume importância considerável, por ser a variável que reflete diretamente na produção total de leite do rebanho e, portanto, na eficiência econômica da atividade.
O desempenho durante uma porção da lactação pode ser usado para previsão da lactação total, assim, durações diferentes são causas de distinções nas quantidades de leite produzidas. O padrão usual, comumente adotado nas avaliações genéticas, é a produção em 305 dias, que corresponde ao ciclo produtivo de uma vaca com um parto por ano. Sendo assim, a duração da lactação deve ser de 10 meses, para se ter uma maior produção de leite.
Em um dado ano, a lactação pode ser interrompida por fatores como, por exemplo, erros no manejo, mascarando o verdadeiro potencial da vaca. Por isso, há a possibilidade de usar uma projeção da produção em 305 dias ou o descarte da produção naquela lactação. O objetivo é evitar que a vaca seja prejudicada ou favorecida quando sua produção for comparada com a de outras vacas.
De acordo com o professor Rui da Silva Verneque, do curso “Melhoramento Genético de Gado de Leite”, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, “quando procura-se prever o valor genético dos animais de um rebanho, leva-se em conta todos os fatores de origem não-genética, procurando corrigir todos eles. Para tanto, é preciso uma base de dados, de ter todas essas informações registradas. Desde a data de nascimento dos animais, qual o tipo de manejo submetido, de modo que quando executar a avaliação, esse valor genético esteja livre de todos os efeitos de origem não-genética. Portanto, o valor obtido poderá e deverá ser usado com grande precisão para identificar as melhores vacas que permanecerão no rebanho e as piores que serão descartadas”.
Por: Patrícia Tristão
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Comentários
ANDRÉ LUIZ DAL BELLO
30 de jan. de 2013Boa tarde! Tenho uma distribuidora de genética no estado de Santa Catarina, da qual representamos a TRANS AMÉRICA GENÉTICA (TAG) OU TAG DO BRASIL. Sempre procuro me manter informado sobre as novidades e as novas tecnologias que vem surgindo a exemplo do GENOMA. Sou também estudante do curso de agronomia, e temos uma parceria com o INSTITUTO FEDERAL DE CONCÓRDIA S.C. CAMPUS CONCÓRDIA, para fazermos cursos de inseminação artificial, devido a região ser uma bacia leiteira muito boa e a atividade é promissora, sendo umas das principais para minimizar a saída do homem do campo, ou seja,o Êxodo Rural. Gostei da matéria e gostaria de manter contato, para sempre estarmos atualizados nas tendências de mercado novas tecnologias. Obrigado.
Resposta do Portal Cursos CPT
30 de jan. de 2013Olá, André!
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Natália Parzanini Brum