Quando se faz levantamento dos custos que estão associados à criação de bovinos, os gastos com medicamentos e honorários de veterinários são sempre ressaltados. Neste último caso, os verdadeiros profissionais contribuem decisivamente para aumentar a rentabilidade do empreendimento agropecuário e não podem ser visto como aumento de custo.
Quando se faz levantamento dos custos que estão associados à criação de bovinos, os gastos com medicamentos e honorários de veterinários são sempre ressaltados.
No que tange aos medicamentos, é imperativo salientar que poucos grupos efetivamente têm razões que justifiquem seu uso e muitos deles são utilizados de maneira equivocada no que se refere a doses, indicações terapêuticas, formas de administração, associações com outros produtos etc., impondo, assim, despesas desnecessárias que precisam ser contidas. O produtor, por sua vez, deposita uma credibilidade cega em todo medicamento e, como bom brasileiro que é, adora empregar um remédio "da moda". Afinal, alguém já disse que de médico, poeta e louco todos nós temos um pouco...
O produtor precisa ter em mente que vários problemas que acometem os animais domésticos precisam ser encarados como uma das inúmeras falhas do sistema de produção adotado e, o que é referido como doença, muitas vezes, nada mais é que uma entidade cujo reconhecimento se deu apenas quando a situação tornou-se alarmante.
Quando se faz uma reavaliação do problema apresentado pelos animais, não é raro se concluir que sinais óbvios, porém menos graves, já vinham se apresentando, mas não eram devidamente valorizados como indicativos de doenças.
Sabidamente, os custos com doenças a medicamentos retiram significativa parcela dos lucros daqueles que se dedicam a atividades agropecuárias. Entretanto, se considerarmos que diversos medicamentos são desnecessariamente ou incorretamente empregados no controle a tratamento de doenças a que estas, não raras vezes, pelo fato de serem entendidas de maneira distorcida pelos produtores, são combatidas utilizando-se medidas inócuas, vislumbra-se aí um caminho para enxugamento de custos que, sem sombra de dúvidas, vem de encontro aos interesses de pecuaristas.
No que concerne às emergências, há um conceito de que elas são tão importantes que o leigo deve estar preparando para agir prontamente diante de diversas situações, o que seria decisivo no sucesso de uma propriedade que se destinasse à criação de bovinos. Não obstante, existem situações mais importante que trazem prejuízos financeiros decorrentes das falhas de um pronto reconhecimento ou, principalmente, da adoção de soluções inapropriadas para os diversos casos.
Por exemplo, um acidente ofídico, conforme o porte do animal e o tipo de serpente responsável por ele, na maioria das vezes é de importância nula quando comparado a rotineiros problemas de casco em um curral onde a umidade excessiva e a abrasividade do piso imprimam manifestações clínicas em diversos animais. É oportuno aqui lembrar o correto ponto de vista de alguns colegas, ao afirmarem que as emergências em Veterinária seriam situações que, há algum tempo, já suscitam um atendimento, mas não são percebidas ou são mesmo negligenciadas.
A desinformação de produtores sobre diversas afecções que acometem os bovinos, motivou o CPT - Centro de Produções Tecnicas à produção do filme intitulado "Enquanto o Veterinário não Chega - Atendimento a Bovinos". Trata-se de uma obra cujo objetivo não se restringe apenas à orientação de fazendeiros a seus empregados de como agir em situações de emergência mas sobretudo, como empreender ações corretas que, de fato, sejam eficazes no sentido de tornar mais rentável a exploração zootécnica desses animais, pelo menos no que tange a minimizar o impacto negativo das doenças a das despesas desnecessárias com medicamentos.
Este curso do CPT, acompanhado de livro interativo com filmes que mostram a prática com informações complementares (como acontece com todas as produções da empresa), aborda tópicos diversos ligados a doenças de bovinos e ensina produtores a atuar em casos de intoxicações por plantas, acidentes ofídicos, diarréia em bezerros, timpanismo, acidose, problemas de casco e dermatomicose ("tinhas"). O curso é coordenado pelo Dr. Pacífico Antônio Diniz Belém, médico veterinário e professor de clínica veterinária da Universidade Federal de Viçosa.
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Comentários
Pedro paulo
19 de dez. de 2018Tenho uma vaca, ela cortou o peito em um arame corte longo e profundo, fui lavar com água com detergentes e iodo, ao lavar e vaca acabou ferindo a pata dianteira em uma estaca e agora estou com dois problemas. A pata está inchada e a vaca não se levanta. Estou desesperado sem saber oq fazer. Preciso de uma ajudar urgente.
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19 de dez. de 2018Olá Pedro,
Agradecemos a visita e comentário em nosso site.
O melhor a fazer é chamar um veterinário, para avaliar o que aconteceu com a pata e tratar o ferimento.
Atenciosamente,
Mariana Caliman Falqueto
Karinne Lopes Lucenas
2 de out. de 2015Minha bezerra de dois meses está sem querer comer e babando ! E tenho certeza que ela não foi picada por nenhum animal ! Oque devo fazer ? Pelo o seu conhecimento , você acha que ela acha que ela foi picada por algum animal para chegar a esse ponto ? Preciso urgentemente , qual medicamento devo usar ? Me responda por favor ! Obrigada !
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5 de out. de 2015Olá, Karinne!
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. Para mais informações recomendamos que consulte um médico veterinário.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos
joice monteiro
23 de abr. de 2015Boa tarde tenho uma bezerra de uns seis meses ela está com uma bola nos quartos traseiro direito eu furei com uma agulha e saiu um pouco de ar mais esta cheia
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24 de abr. de 2015Olá, Joice!
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. Recomendamos que entre em contato com um médico veterinário para mais informações.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos
Giane Maia
13 de mar. de 2015minha vaca está com um uma teta cheia, fica dura o bezerro não mama nela. Então desgote ela e saiu uma leite amarelo. Aplique uma bisnaga contra mastite, mas fui desgotar o peito saiu leite meio avermelhado. Foi do medicamento. Por favor aguardo resposta.
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16 de mar. de 2015Olá, Giane!
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. Seria interessante consultar um médico veterinário para mais informações de como proceder.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos
Deiziane
18 de jan. de 2015Bom Dia.Olha minha novilha está com 1 ano de idade.Já faz três dias que um dos olhos dela não está abrindo.Já coloquei azeite e nada de abrir. O que vc me indica para colocar ou aplicar nela para ver se ainda tem como curar ela das vistas. Estou muito preocupada. Aguardo respostas.
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22 de jan. de 2015Olá, Deiziane!
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. Seria interessante consultar um médico veterinário para que seja realizado um correto tratamento e diagnóstico do problema.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos
ederson cassio da silva
11 de mai. de 2014Olá, gostaria de saber informações sobre um bezerro de 2 meses que esta com prisão de urina não esta fazendo xixi a 2 dias e não esta mamando apliquei um antibiótico SEPTEN mas não resolveu o problema teria outro medicamento p dar a ele
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13 de mai. de 2014Olá, Ederson!
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Recomendamos que procure um veterinário em sua cidade ou região para mais informações de como proceder e um correto diagnóstico.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos
Ananias
12 de ago. de 2013tenho uma vaca , ela deu cria no ultimo dia 08, ela não conseguiu concluir o trabalho de parto, a placenta ficou pendurada, já a 4 dias. O que eu devo fazer? Quais meios posso tomar ?
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12 de ago. de 2013Olá, Ananias!
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site.
A placenta, no caso de retenção, é usualmente expelida 7 a 10 dias após o parto. O objetivo de uma terapia ideal para a RP é de acelerar a separação da placenta e sua expulsão da cavidade uterina, bem como eliminar a contaminação bacteriana do útero. Infelizmente, ainda não existe um tratamento que cumpra satisfatoriamente esses predicados. Uma série de tratamentos tem sido indicados para acelerar a expulsão da placenta, incluindo tentativas de remoção manual, aplicação de antibióticos e estimulantes do miométrio, entre outros.
Remoção manual: muitos autores contemporâneos recomendam que a remoção manual da placenta seja feita por meio de uma tração suave, sem esforço, eficaz quando a maioria ou todos os placentomas tenham se separado. A remoção manual é contra-indicada, especificamente, quando a vaca mostra algum sinal de doença sistêmica (septicemia). Infelizmente alguns produtores de leite estão habituados com a tração manual além do limite de esforço recomendável e ainda insistem em manter o procedimento em detrimento da saúde da vaca e sua fertilidade futura.
Estimulantes do miométrio: alguns estudos têm sugerido um efeito favorável da aplicação de oxitocina 24 a 48 horas após o parto sobre a expulsão da placenta. Entretanto, trabalhos mais recentes têm mostrado que o tratamento com uma simples dose de oxitocina não reduz a incidência de RP em vacas que tiveram parto normal ou nas que requereram assistência. Por outro lado, também foi mostrado que o tratamento com oxitocina em animais com RP melhora a fertilidade posterior. O uso de PGF2a quando comparado ao grupo controle não alterou o tempo de retenção de placenta. Finalmente, o uso de estrógenos imediatamente após o parto diminui a fertilidade das vacas com RP.
Antibióticos: trabalhos relatando o uso de antibióticos para o tratamento de RP são conflitantes. A infusão intra-uterina diária de 5 g de oxitetraciclina reduziu a incidência de febre de 50% para 30% das vacas, entretanto, o desempenho reprodutivo foi semelhante ao grupo controle não tratado. Em outro estudo, a aplicação im de ceftiofur (um antibiótico de terceira geração) na dosagem de 1.1 mg/kg a cada 24 h durante 5 dias em vacas com RP e febre foi tão efetiva (67% ausência de febre nos próximos 10 dias) quanto uma combinação (aplicação sistêmica e intrauterina) de ampicilina e remoção manual da placenta. Não houve diferença no desempenho reprodutivo entre os dois tratamentos. Esses resultados parecem indicar que o tratamento de rotina com antibióticos sistêmicos e intra-uterinos em vacas que requerem assistência ao parto ou tenham apresentado RP não auxiliam na prevenção de metrite, sendo que em alguns casos as vacas tratadas inclusive podem desenvolver piometra.
Vale resaltar que é primordial que você procure um veterinário para mais informações de como proceder.
Qualquer dúvida estamos á disposição.
(Fonte: Infobibos)
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos