O confinamento é uma ótima alternativa na entressafra, e o sucesso econômico dessa atividade depende estritamente da eficiência de ganho de peso proporcionado pelos animais confinados. Neste sentido, fornecendo-se uma alimentação de qualidade durante todo o ano, garante-se um bom desempenho a todo o rebanho, possibilitando rentabilidade ao pecuarista. A boa dica, então, é utilizar os excessos de produção de lavouras, pastagens e capineiras, no período de chuvas, conservados para serem utilizados em épocas de menor fartura de forragem. Essa conservação, por sua vez, pode ser feita em silos ou na forma de fenos.
Os silos devem ser construídos próximos aos cochos e locais de alimentação, permitindo que se faça um fornecimento rápido da silagem aos animais, sem interferir nas atividades de manejo. Segundo Alexandre Lúcio Bizinoto, professor do Curso Instalações e Equipamentos para Pecuária de Corte, produzido pelo CPT, no âmbito do convênio FAZU/CPT, “a escolha dos tipos de silos irá depender dos recursos financeiros, da topografia, do tipo de solo, da disponibilidade de mão de obra e dos equipamentos mecânicos para carga e descarga”. Os tipos de silos mais usados são os silos trincheiras e de superfície; existem, ainda, os silos cisternas e os aéreos.
Tipos de silos
- Silos trincheira
O silo trincheira é o mais usado, permitindo boa compactação, baixo custo de construção, e simplicidade de manuseio. Na sua construção, aproveitam-se terrenos acidentados, onde se faz a escavação com máquinas, podendo revestir ou não suas paredes e bases. Os terrenos mais inclinados facilitam a sua execução.
- Silos de superfície
Os silos de superfície não são propriamente instalações, mas uma técnica de armazenamento de forragens, já que a ensilagem é feita no nível do solo, sem que seja necessário nenhum tipo de instalação previamente construída. O silo é montado, realizando-se a compactação e o cobrimento do material com lona plástica. Por não ter instalações, seu custo é baixo. Entretanto, esse tipo de silo não pode ser feito para grandes volumes de silagem, devido ao seu menor potencial de compactação na ocasião de ensilagem, que determina maiores riscos de deterioração da massa ensilada. É indicado para materiais de alta umidade, e que por isso são mais fáceis de compactar.
- Silos aéreos
Os silos aéreos possuem formato cilíndrico e grande capacidade de armazenamento. São pouco utilizados no Brasil, dado o seu alto custo. Sua construção é mais complexa, exigindo detalhamento das estruturas e das fundações. Há, também, maior dificuldade e custo no carregamento e descarregamento da silagem. Sua grande vantagem é permitir maior compactação da massa ensilada, que acontece devido ao próprio peso da massa. Além disso, esses tipos de silos necessitam de pequena área para sua construção.
- Silos cisternas
Os silos cisternas não são muito usados. Possuem, como o silo aéreo, formato cilíndrico, entretanto sua construção é sob o solo. Além de problemas de compactação, ocorrendo grandes perdas da massa ensilada por apodrecimento, tanto a colocação da massa ensilada, quanto a retirada da silagem, posteriormente, é bastante trabalhosa. Pode, ainda, causar intoxicações por metano e outros gases nas pessoas que efetuam o trabalho de retirada da silagem no silo cisterna.
Por Silvana Teixeira.
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