
Em praticamente todo o território nacional, na época das chuvas, as larvas conseguem sobreviver nas pastagens. Na verdade, cerca de 95% dos endoparasitas existentes persistem nas pastagens na estação das águas. Por outro lado, na estiagem – que ocorre nos meses de junho, julho, agosto, a população de larvas nas pastagens é significativamente reduzida embora muitos vermes já tenham infectado os bovinos.
Nesse sentido, o tratamento do gado de corte com vermífugos no período das chuvas surte poucos efeitos, pois a taxa de reinfecção é elevada devido à grande população de larvas nas pastagens. Por esses motivos, a aplicação de vermífugos deve ser realizada na estiagem para uma ação mais efetiva dos antiparasitários nos vermes. Dessa forma, os bovinos terão poucos vermes na estação das águas, o que diminui a contaminação das pastagens por ovos.
No caso da vermifugação em bezerros, muitos acreditam ser desnecessária pela baixa mortalidade causada pelos endoparasitas. Entretanto, quando os bezerros são vermifugados antes da desmama, eles apresentam maior ganho de peso em comparação a bezerros não tratados com vermífugos. Nesse sentido, cabe ao proprietário ou médico veterinário realizar (ou não) o tratamento nessa fase considerando aspectos econômicos.
Vejamos os tipos de controle de verminoses em gado de corte:
Controle estratégico
O controle estratégico previne novas infestações de pastagens, com resultados a médio e longo prazos. Por meio dele, os vermífugos são utilizados de forma racional para manter as cargas parasitárias no rebanho adequadas à produção animal. Com isso, o pecuarista tem o melhor custo-benefício quando comparado a outros tipos de controle.
Para maior eficiência do controle estratégico, o pecuarista deve se fundamentar em alguns fatores, como condições da pastagem durante o ano e dinâmica dos vermes nos bovinos, para realizar as vermifugações nos períodos mais propícios e obter melhores resultados.
Controle tático
No controle tático, a vermifugação dos bovinos ocorre quando condições ambientais favorecem a proliferação dos vermes nas pastagens. Esse tipo de controle também é realizado quando práticas de manejo, como entrada dos animais em novas pastagens ou compra de animais, tornam necessária a vermifugação do rebanho.
Controle supressivo
No controle supressivo, os vermífugos são ministrados em intervalos pré-estabelecidos ao longo do ano. Esse tipo de controle pode resultar em dosagens desnecessárias, além aumentar a resistência dos vermes aos medicamentos. Com isso, os vermífugos deixam de fazer os efeitos esperados, o que causa prejuízos ao pecuarista.
Controle curativo
No controle curativo, os bovinos são vermifugados somente quando aparecem sinais clínicos, para reduzir os custos do tratamento. Entretanto, a alta prevalência de casos subclínicos no rebanho bovino, juntamente à elevada contaminação por ovos nas pastagens, inviabilizam esse tipo de controle.
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Fonte: rehagro.com.br
Por Andréa Oliveira

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