A forma como os animais colhem e ingerem a forragem dá algumas dicas sobre como se dá sua relação com a planta forrageira na hora do pastejo e o que precisamos considerar a esse respeito para que ele possa apresentar maior produção de leite ou de carne, afirma Prof. Adilson de Paula Almeida Aguiar, do Curso CPT Pastoreio de Lotação Rotacionada para Gado de Leite e Corte.
Primeiro, o animal tende a consumir as folhas que estão na parte mais alta da pastagem e que são as mais novas, as mais verdes e tenras, que têm maior valor nutricional, numa clara demonstração da seletividade do pastejo. Só depois que não há mais forragem de boa qualidade disponível é que ele passa a consumir as folhas e os talos mais velhos.
Se o gado está num pasto onde estão disponíveis maiores quantidades de folhas verdes e tenras, perderá menos tempo procurando pela melhor forragem. E também não terá de ingerir partes da planta de pior qualidade. Tudo isso vai significar, é claro, maior produção animal.
Quando colhem a forragem, os bovinos a apreendem enrolando e depois puxando as folhas com a língua. Isso quer dizer que, quanto mais baixo o pasto, ou seja, quanto menores as folhas, maior dificuldade terá o animal para apreendê-lo e ingerir. Então, se o pasto é composto por plantas que apresentam folhas pequenas e ralas com altura inferior a 15 cm, como nos pastos onde está ocorrendo o superpastejo, os animais terão dificuldade de ingerir forragem suficiente para atingir seu potencial de produção.
Devemos considerar, também, o dispêndio energético do animal na busca por forragem. Enquanto percorre o pasto em busca de folhas mais tenras, e depois refaz o trajeto para comer o capim de pior qualidade, os bovinos dispendem energia que poderia ser revertida em leite ou carne.
O pastoreio por lotação rotacionada utiliza piquetes menores, onde a área a ser percorrida pelos animais durante o pastejo é pequena e encontram com facilidade forragem no seu melhor valor nutricional. Ou seja, a forrageira é manejada de maneira que o pasto ofereça forragem de alta qualidade, o máximo de tempo possível, em quantidade suficiente, para que seja obtido o máximo de produção animal.
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Por Silvana Teixeira.
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