Precisando organizar seu rebanho? Saiba como!

Se você precisa organizar o seu rebanho, saiba que o primeiro passo a ser dado é a identificação dos animais. De acordo com o Prof. Dr. José Olavo Borges Mendes Júnior, do Curso CPT Técnicas para Produzir mais Bezerros, “A identificação dos animais é indispensável para o gerenciamento do rebanho. Isso porque a simples identificação de um bezerro viabiliza a abertura de fichas individuais ou cadernos de registros, e também o uso de softwares específicos para gerenciamento de rebanhos de corte.”

Com isso, será possível acompanhar o desempenho do animal e de todo o rebanho, o que auxilia na tomada de decisões de manejo. Normalmente, nas fichas individuais sobre fêmeas, serão anotados dados como:

1. número do animal;
2. data de nascimento;
3. data e peso à desmama;
4. data e peso no sobreano;
5. data e peso na época da inseminação ou cobertura; e
6. data de partos.

Podem também ser registradas observações de diversos tipos como características peculiares do animal, e ainda a data de seu descarte. Já as fichas de controle dos machos têm o mesmo formato das fichas das fêmeas, mudando parte das informações. Além do número do animal, da data de nascimento, do peso ao nascimento, registra-se, também, o peso aos 18 e 24 meses, ou a intervalos menores (para melhorar o gerenciamento) e quando os animais são vendidos para o abate.

No caso de matrizes, é feita uma ficha de controle reprodutivo, onde são registrados:

1. número da vaca;
2. data e hora do cio observado (inseminação artificial);
3. data e hora da inseminação;
4. identificação do touro doador de sêmen;
5. nº da partida de sêmen;
6. dia do diagnóstico de gestação;
7. data da ocorrência do parto;
8. data do nascimento;
9. sexo da cria; e
10. peso da cria.

No caso de monta natural, anota-se:

1. data da cobrição;
2. possíveis repetições de cio;
3. data do diagnóstico de gestação;
4. ocorrência do parto;
5. data de nascimento, sexo da cria e o seu peso; e
6. identificação do touro ou do lote de touros (quando se usam touros múltiplos).

Identificados os animais e tendo fichas ou programas computacionais de controle, com os registros feitos adequadamente, o pecuarista poderá obter os índices zootécnicos de seu rebanho. Destacam-se entre estes índices:

1. taxa de prenhez;
2. taxa de natalidade;
3. período de serviço;
4. intervalo entre partos;
5. idade ao primeiro parto;
6. taxa de desmama;
7. mortalidade média;
8. taxa de desfrute; e
9. ganho de peso.

Com base nesses dados, será possível tomar decisões mais acertadas sobre todas as etapas da criação, especialmente na fase da reprodução, facilitando a solução de problemas de manejo. Na genética esses dados também são muito úteis, permitindo fazer descarte adequado de animais, fator que auxilia tremendamente nas estratégias de seleção da propriedade, visando ao melhoramento genético do rebanho.

Aprimore seus conhecimentos sobre o assunto. Leia a(s) matéria(s) a seguir:

- Taxa de reposição de touros e vacas. O que isso significa e por que fazer?
- Tatuagem em gado de corte. Sim ou não?

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Por Silvana Teixeira.