
A palavra silagem é utilizada para identificar a forragem verde, suculenta, conservada por meio de um processo de fermentação anaeróbica. A esse processo damos o nome de ensilagem, que consiste no corte da planta na época ideal; o enchimento do silo, local destinado ao armazenamento da silagem; compactação da massa verde picada; e vedação do silo.
“Esse processo tem sido utilizado com finalidade de produção de alimento volumoso de boa qualidade, durante todo o ano, permitindo o aproveitamento do excesso de forragens do período das águas, para o fornecimento aos animais durante o período seco, quando ocorre uma diminuição da qualidade e quantidade das forrageiras”, afirma Gilmar Ferreira Prado, professor do Curso a Distância CPT Alimentação de Bovinos de Corte, em Livro+DVD e Curso Online. Sendo assim, durante o período de baixa produtividade das forrageiras, a alimentação volumosa conservada é uma alternativa para manter a adequada nutrição e produtividade dos animais.
Quanto à produção de forrageiras, é importante salientar que o produtor rural deve levar em consideração o valor nutricional da planta para que o gado apresente bons resultados. Outro fator a considerar é o fato de umas forrageiras serem mais produtivas do que as outras, além de necessitarem de um manejo mais intensivo. Há, também aquelas forrageiras que possuem maior rusticidade, sendo capazes de crescer em solos pobres e em terrenos montanhosos. Por isso, é importante avaliar bem as condições climáticas da região, como volume pluviométrico (chuvas), tempo de exposição ao sol e nível de temperatura.
Qualquer forrageira pode ser submetida a este método de conservação. O milho e sorgo, porém, são as culturas mais tipicamente ensiladas, devido, principalmente, ao seu alto potencial de produção de matéria seca e sua quantidade de carboidratos solúveis, que propiciam silagem em quantidade, com grande quantidade de energia.
Forrageiras como cana-de-açúcar e girassol podem ser conservadas como silagem, em um processo viável em determinadas situações. Por outro lado, a ensilagem de capins vem se tornando realidade. Em muitos casos, aparece como alternativa para o excedente produtivo de pastagens nas estações mais favoráveis. Entretanto, necessitam de processos especiais como pré-murchamento e aplicação de aditivos. O capim-elefante é exceção, alcançando ótimos resultados, quando ensilado, sem a necessidade de pré-secagem.
O processo de ensilagem consiste em cortar o material plantado em partículas de 1 a 3 cm, compactação e vedação em silos, surgindo, desta forma, um alimento altamente nutritivo. A cada camada de silagem colocada no silo, nova compactação deve ser feita, seja por pés humanos, de animais, pesos de socar ou tratores, lembrando que a forma mais prática é a utilização de tratores (com pneus limpos).
A compactação bem feita é o segredo da boa ensilagem, pois a presença de ar prejudica a fermentação do material. Após encher o silo, a última camada deverá ser ligeiramente abaulada acima da camada da superfície do silo, para evitar o acúmulo de água na lona. Após o processo de enchimento, o silo deverá ser fechado rapidamente.
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Por Silvana Teixeira.
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