
Gilmar Ferreira, professor do Curso CPT Bovinos de Corte em Confinamento – Instalações, Produção de Alimentos e Escolha dos Animais, destaca que só é possível obter sucesso na criação de bovinos de corte quando o pecuarista detém profundo conhecimento sobre a avaliação dos animais.
Ao realizar a seleção visual dos bovinos, há vários aspectos que precisam ser levados em conta: estrutura corporal, precocidade, musculosidade e umbigo – que são classificados em escore que varia de 1 a 6; e características raciais, aprumos e sexualidade, que, por sua vez, variam de 1 a 4.
Conheça, a seguir, cada um desses aspectos:
Estrutura corporal
Corresponde à visão lateral do animal, a partir da observação do comprimento corporal e da profundidade das costelas, evolvendo também a altura. Toda essa estrutura está diretamente relacionada aos limites de deposição do tecido muscular dos bovinos, sendo 1 o escore pequeno e 6 o escore grande.
Precocidade
Consiste na avaliação da profundidade das costelas em relação à altura dos membros. Os animais que possuem mais costelas em relação à altura de seus membros são aqueles que depositarão gordura de acabamento mais rapidamente e, consequentemente, estarão terminados de forma precoce. Nesse caso, o escore 1 indica indivíduos mais tardios e 6, mais precoces.
Musculosidade
A partir da evidência das massas musculares, se avalia a musculosidade dos bovinos de corte. Logo, animais com mais músculos e com melhor distribuição deles pelo corpo são os mais desejados pelos criadores, haja vista que pesarão mais e acarretarão melhor rendimento e qualidade da carcaça. Animais menos musculosos estão classificados no escore 1, enquanto os mais musculosos estão classificados no escore 6.
Umbigo
Em relação ao umbigo, avalia-se o tamanho e o posicionamento dele, da bainha e do prepúcio. Bovinos que apresentem prolapso no prepúcio têm que ser penalizados. A avaliação do prepúcio também é determinante para a reprodução do rebanho. Animais com umbigos e bainhas muito reduzidas recebem o escore 1, ao passo que aqueles com umbigo e bainha muito pendulosos recebem nota 6.
Características raciais
Todas as características raciais previstas no padrão das raças também devem entrar na conta. Isso porque o tipo racial é um fator importante para a comercialização e para o valor de mercado dos bovinos, tornando crucial avaliar também esse aspecto.
Aprumos
No que diz respeito aos aprumos, observa-se as proporções, direções, angulações e articulações dos membros anteriores e posteriores. Esse item, por exemplo, é decisivo para a reprodução, pois os machos necessitam de bons aprumos para que consigam montar as fêmeas e elas, para que consigam suportar a monta.
Sexualidade
Por fim, a sexualidade busca avaliar a masculinidade nos machos e a feminilidade nas fêmeas, partindo-se da observação dos genitais externos, que precisam ser funcionais e de desenvolvimento adequado para a idade que o animal apresenta. Isso se justifica, pois, deve-se levar em conta, também, que a reprodução produz um impacto muito grande na pecuária de corte.
- Curiosidade!
Esse método de avaliação dos bovinos também é conhecido como EPMURAS – sigla obtida a partir da primeira letra de cada uma dessas categorias, salvo a “características raciais”, que é representada pela letra “r”.
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Bovinos de Corte em Confinamento – Instalações, Produção de Alimentos e Escolha dos Animais
Bovinos de Corte em Confinamento – Manejo e Gerenciamento
Como Avaliar Bovinos de Corte para Compra e Seleção
Fonte: Compre Rural – comprerural.com
por Renato Rodrigues
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