De acordo com a EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, cada cabeça de gado, por ano, emite aproximadamente 57 quilos de metano (CH4) à atmosfera, fato que incrementa muito o processo de efeito estufa. Entretanto, um estudo realizado sob a coordenação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, MAPA, constatou ser possível reduzir essa taxa em até 35% por meio do aumento da eficiência na produção pecuária, a qual potencializa o desempenho dos animais e provoca a queda de 57 para 37,7 kg.
Para entender melhor esse fato, é possível pegar como exemplo uma criação de gado leiteiro cujas vacas conseguem atingem um nível de produção mais elevado. Essa produtividade elevada acontece por meio da otimização da energia corporal do próprio animal, o que, consequentemente, diminui o volume de fezes que ele produz, ou seja, a mitigação dos gases é viabilizada pela capacidade do animal em aumentar a sua produção, usando o mesmo gasto calórico. Nesse contexto, segundo Cleandro Pazinato Dias, veterinário consultor do estudo, considerando que a decomposição das fezes dos bovinos é uma das principais causas de emissão de CH4, a redução na produção de dejetos provoca a diminuição de metano na atmosfera.
É por meio do melhoramento genético que tudo isso é possível, já que é principalmente ele quem consegue elevar significativamente o desempenho dos bovinos. Além disso, submeter os animais melhorados a um manejo alimentar rico em grãos, concentrados e forragens de qualidade também é de suma importância, uma vez que auxiliarão no processo digestivo dos ruminantes. A diminuição da média de idade ao primeiro parto e o aumento da produção de leite na primeira lactação também podem otimizar a eficiência produtiva ao longo da vida do animal e reduzir as emissões da substância nociva.
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Fonte: Canal Rural – canalrural.com.br
Por Bruna Falcone Zauza
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