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Impacto da IATF na eficiência reprodutiva de vacas de corte

A inseminação artificial é a biotecnologia mais utilizada em todo o mundo para difusão de material genético superior.

A inseminação artificial é a biotecnologia mais utilizada em todo o mundo para difusão de material genético superior.

O rebanho bovino brasileiro é composto por aproximadamente 180 milhões de animais, sendo que o gado zebu corresponde 80% desse patrimônio. A predominância dessa raça se deve à maior adaptabilidade às condições climáticas (altas temperaturas e umidade) e à disponibilidade de alimentos (sazonalidade quali-quantitativa da produção de forrageiras) encontradas no Brasil tropical.

Porém, apesar dessas características adaptativas dos zebuínos às condições tropicais, na maioria dos rebanhos brasileiros, observa-se comprometimentos na eficiência reprodutiva. Após o parto, a fêmea bovina tem que criar um bezerro saudável e, em seguida, se restabelecer para uma nova gestação. O padrão de desenvolvimento folicular ovariano que prevalece durante a gestação deverá, agora, ser substituído por uma sequência de eventos que culminará no comportamento do cio, seguido de ovulação e formação de corpo lúteo capaz de produzir quantidade suficiente de progesterona para manter nova gestação.

Esses requisitos são necessários para o restabelecimento da fertilidade no pós-parto nos diversos tipos de criação. No entanto, o que se observa em muitos casos é um longo período de anestro pós-parto. A dificuldade na detecção do cio é outro fator que diminui a eficiência reprodutiva e que impede a utilização em larga escalada inseminação artificial (IA), principalmente em rebanhos de corte. Dessa forma, torna-se necessária a adoção de técnicas que objetivam melhorar a eficiência reprodutiva, como consequente aumento na produção de bezerros de elevado valor genético, com reflexos positivos na rentabilidade da propriedade.

A IA é a biotecnologia mais utilizada em todo o mundo para difusão de material genético superior. No entanto, é importante esclarecer algumas questões antes do estabelecimento de um programa de IA. Existe a possibilidade de produzir um bezerro por vaca ao ano utilizando-se a inseminação artificial? Ou seja, obter intervalo entre partos próximo a 12 meses, período de serviço entre 70 e 80  dias de concepção no início da estação de monta? É possível obter alta eficiência reprodutiva associada a programas de melhoramento genético que empregam a inseminação artificial para a multiplicação de indivíduos superiores zootecnicamente?

Vários trabalhos científicos têm demonstrado que a IATF aumenta a taxa de vacas inseminadas e diminui o intervalo parto/concepção.

Na atualidade, existe tecnologia disponível para que essas questões sejam respondidas positivamente, empregando-se métodos de sincronização da ovulação que permitem a inseminação artificial em tempo fixo (IATF), sem a necessidade de detecção do cio. Os protocolos de sincronização para IATF objetivam induzir a emergência de uma nova onda de crescimento folicular, controlar a duração do crescimento folicular até o estágio pré-ovulatório, sincronizar a inserção e a retirada da fonte de progesterona exógena (implante auricular ou dispositivo intravaginal) e endógena (prostaglandina F2), e induzir a ovulação sincronizada em todos os animais simultaneamente, inclusive naqueles que estão em anestro.

Vários trabalhos científicos têm demonstrado que a IATF aumenta a taxa de vacas inseminadas e diminui o intervalo parto/concepção comparado com os métodos tradicionais de reprodução (IA com observação de cio e monta natural). Além disso, a IATF possibilita programar o dia e a hora da inseminação artificial dos animais, facilitando consideravelmente o manejo dos programas de inseminação artificial. Dessa forma, o criador tem a possibilidade de utilizar a IA para o melhoramento genético sem comprometer a eficiência reprodutiva do rebanho.


* Pietro Sampaio Baruselli  e José Nélio de Sousa Sales

Departamento de Reprodução Animal, FMVZ - USP

Artigo publicado na revista Maratona.Matinha

**Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do Portal de Informações do CPT - Centro de Produções Técnicas. O Portal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.

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