Qualquer tipo de bovino, quanto à raça ou categoria, pode ser engordado em confinamento. Porém, existem tipos que apresentam melhor conversão alimentar, ou seja, kg de alimentos/kg de peso vivo ganho e, com isso, um ganho de peso mais econômico.
“Os animais utilizados na engorda em confinamento devem ser sadios, de bom desenvolvimento corporal, e com potencial de ganho de peso”, afirma o professor Gilmar Ferreira Prado, do curso Engorda em Confinamento, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
O ganho de peso do boi se dá pelo acréscimo de gordura, tecido ósseo e massa muscular. Cada tipo de tecido demanda diferentes quantidades de nutrientes, e cada um tem uma curva de crescimento específica. A participação de cada tecido no ganho é, então, bastante variável, a depender da idade, do peso vivo do animal, do sexo, da estrutura corporal e da taxa de ganho.
É fato afirmar que animais mais jovens têm melhores conversões alimentares, sendo que esse ganho se dá pelo acréscimo da massa muscular, que é o principal produto requerido como resultado da engorda dos bovinos. Os animais mais velhos e mais pesados apresentam uma pior conversão alimentar, necessitando de maior quantidade de alimento para o mesmo ganho de peso, sintetizando principalmente gordura.
O sexo pode, também, influenciar a composição do ganho de peso e da carcaça. Animais de diferentes sexos irão chegar ao ponto de abate em idades e pesos diferentes. As fêmeas atingem o ponto de abate mais cedo e com peso mais leve que de machos castrados, e esses estarão, por sua vez, acabados mais cedo e mais leves que machos inteiros.
A estrutura corporal dos animais também pode influenciar a engorda, principalmente, quando se utiliza o cruzamento industrial. Bovinos de raças de grande porte ganham peso mais rapidamente que animais de porte menor, entretanto, demoram mais tempo para atingir o peso próprio de abate. Bovinos com estrutura corporal pequena apresentam peso vivo de abate inferior a 420 kg (machos) e 400 kg (fêmeas), os de estrutura média apresentam peso vivo de abate entre 420 a 520 kg para machos e 400 a 475 kg para fêmeas, e os de estrutura corporal grande tem seu grau de acabamento em pesos superiores a 520 kg em machos e 475 kg em fêmeas. Com isso, os bovinos de estrutura corporal média, ao atingirem pesos equivalentes aos de bovinos de estrutura corporal grande, terão carcaças com excesso de gordura, depreciando a carcaça.
Por fim, a taxa de ganho de peso influencia a composição do ganho. À medida que o ganho se intensifica, aumenta a quantidade de gordura depositada na carcaça. Por outro lado, maior ganho requer maior consumo de alimento pelo animal: mais alimento para um aumento de deposição de gordura, que a partir de um certo nível se torna indesejável.
Sendo assim, bovinos em crescimento ganham, proporcionalmente, mais musculatura e menos gordura que bovinos adultos em fase de terminação. A preferência, então, para confinamento, são bovinos capazes de ganhar muita massa muscular.
O principal fator a ser considerado na escolha do animal para o confinamento é reconhecer que produzir musculatura é mais fácil do que produzir gordura. Os bovinos são mais eficientes em produzir tecido muscular do que tecido adiposo.
Em média, o boi necessita de cinco vezes mais alimento para produzir tecido adiposo, que para produzir a mesma unidade em tecido muscular. É claro que a composição de ganho de peso dos bovinos não é somente músculo ou somente gordura. Entretanto, existem raças bovinas que produzem uma carcaça com muito menos gordura que outras.
Da mesma forma, bovinos em crescimento ganham, proporcionalmente, mais musculatura e menos gordura que bovinos adultos em fase de terminação. A preferência, então, para confinamento, são bovinos capazes de ganhar muita massa muscular, durante o período de engorda.
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Por Silvana Teixeira
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