Fatores que influenciam a rentabilidade na fase de engorda do rebanho

O emprego de tecnologias é parte das medidas para a melhoria da fase de engorda

A fase de engorda é importantíssima na bovinocultura de corte e, para alcançar a rentabilidade almejada, é preciso investimento constante. Mas, não basta cuidar apenas de uma das etapas, a cria e a recria também são fundamentais nos resultados do rebanho. Após a análise dos índices zootécnicos e a avaliação do que precisa ser melhorado na atividade, as práticas deverão ser aperfeiçoadas com a adoção de tecnologias e de procedimentos que melhorem os manejos sanitário, de pastagens e a nutrição animal em todas as fases da criação do gado de corte.

No que diz respeito especificamente à fase de engorda, o curso Como Aumentar a Rentabilidade na Pecuária de Corte, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas aponta a redução da idade de abate, a mudança do valor da terra e o aumento da taxa de lotação da propriedade como alguns dos caminhos para que sua propriedade rural alcance sucesso na pecuária de corte.

Reduzindo a idade de abate

Para abordar a redução da idade de abate, o curso traz uma tabela que ilustra a influência da idade de abate sobre a rentabilidade da atividade de engorda. Por meio dela, é possível comparar resultados provenientes da relação estabelecida entre os índices e as idades de abate (4; 3,5; 3,0; 2,5; 2,0 anos). Os cálculos consideram o bezerro sendo desmamado aos 7 meses, pesando 180kg de peso vivo (6 @) e sendo comercializado por R$ 330,00 ou R$ 55,00/@ e valor da terra de R$ 1.500,00/ha.

"Os sistemas de produção adotados para elevar os índices de produtividade na fase de engorda, reduzindo a idade de abate de quatro para dois anos, apresentam as mesmas características dos sistemas de produção de novilhas com idade ao primeiro parto de 48, 42, 36, 30 e 24 meses", afirma  Adilson de Paula Almeida Aguiar, professor da FAZU – Faculdades Integradas de Uberaba, MG, e do curso CPT. (Para conhecer um pouco dos sistemas de produção de novilhas com idade ao primeiro parto de 48 e 30 meses, leia Como otimizar a rentabilidade na fase de recria do gado de corte).

Ao verificar a tabela, de acordo com o especialista, "observa-se que houve um aumento no custo de produção mensal de 57%, se compararmos o sistema de abate aos quatro anos (R$ 7,00/mês) com o sistema de abate aos dois anos (R$ 11,00/mês), mas o custo final do boi pronto para o abate é 17% mais baixo para o animal mais jovem".

Mudando o valor da terra

Quanto à alteração do valor da terra, essa também é uma boa alternativa de obter rentabilidade na fase de engorda do gado. Portanto, para explicar esse tópico, o curso traz mais uma tabela. Ela mostra a influência do valor da terra sobre a rentabilidade na fase de engorda comparado para diferentes idades de abate (4; 3,5; 3,0; 2,5; 2,0 anos).

Diante dos dados mostrados na tabela, uma das conclusões explicitadas pelo professor é que "sem a adoção de tecnologia, como no sistema idade de abate aos quatro anos, o pecuarista não conseguiria ter a mesma rentabilidade do sistema dois anos (4,4%), mesmo se comprasse uma terra no valor de R$ 1.000,00/ha (3,7% de rentabilidade), o que ocorreria somente se ele trabalhasse pelo menos com os índices do sistema três anos e meio (4,1%), mas já seria possível ter uma rentabilidade de 6% se comprasse uma propriedade rural cujo valor da terra fosse R$ 500,00/ha".

Não detalharemos os dados da tabela, a intenção do exemplo acima é enfatizar a importância do emprego de tecnologias (inclusive em uma terra considerada de baixo valor) e as vantagens que o sistema de dois anos pode apresentar em determinadas condições. Mas, para que você tire as suas próprias conclusões, e aprenda mais sobre esse assunto, é preciso conhecer as tabelas e as demais interpretações que o professor do curso CPT traz a respetio delas.

Sendo assim, acesse e conheça o curso CPT. Confira também a proposta de como aumentar a rentabilidade aumentando a taxa de lotação da propriedade, além de aprender sobre a rentabilidade nas fases de cria e recria.

Por Luci Silva

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