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Detecção, monitoramento e controle da raiva em fazendas

A vistoria dos animais é fundamental para o controle do ciclo rural da raiva. É necessário vistoriar currais, baias e outros locais que que podem albergar os morcegos que parasitam os animais à noite

Detecção, monitoramento e controle da raiva em fazendas   Artigos CPT

A vistoria dos animais é fundamental para o controle do ciclo rural da raiva. Os proprietários devem estar atentos à região do pescoço e cauda dos animais, locais prediletos de ataque do morcego. Muitas vezes o trançado que aparece na crina e cauda dos animais é realizado pelo morcego para sugar o sangue do local.

Marcelo Dias da Silva, do Cuso CPT Prevenção e Controle de Doenças em Bovinos: Raiva, Tuberculose, Brucelose, Leptospirose e Hantavirose, explica que “devido ao hábito de buscar abrigo em locais escuros, é necessário vistoriar também currais, baias e outros locais que podem albergar os morcegos que parasitam os animais à noite.”

Atenção:


Ao observar áreas de sangue coagulado no animal, é possível que esteja sendo atacado por morcego hematófago. A vistoria do gado de leitedeverá ser frequente em locais onde os bezerros permanecem separados à noite, e nos locais de ordenha. É interessante que haja iluminação noturna no curral para prevenir e espantar os morcegos.

A vistoria no gado de corte é feita por vaqueiros que devem percorrer pastagens observando os animais para verificar a ocorrência de feridas típicas de ataque de morcego. Em caso positivo, deve-se programar algumas medidas de prevenção. Em sistemas extensivos é necessário observar em quais pastos os animais estão sendo atacados ou se ocorre por toda a propriedade.

É importante que o Médico Veterinário possa manter os animais com sintomas da doença (ou até mesmo aqueles aparentemente engasgados) em observação e isolamento, evitando o contato muito próximo do tratador.

Locais de atenção para o controle da raiva:


• Regiões de relevo e montanhas são mais propícias ao esconderijo do morcego.
• Atente para locais de matas e árvores, se houve desmatamento recente, pois isso poderá favorecer a ação dos morcegos.
• Residências abandonadas, tocos de árvores, fogões de carvoaria podem se transformar em uma caverna artificial para abrigar os transmissores da doença.
• Regiões de mineração costumam criar uma série de cavernas que ficam abandonadas, propiciando fácil instalação e crescimento de colônias de morcegos.

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Por Silvana Teixeira.

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