Na indústria, o óleo das oleaginosas passa pelo processo de transesterificação, que proporciona, além do biodiesel, a glicerina.
Quimicamente falando, os biocombustíveis são considerados uma composição de ésteres etílicos ou metílicos de ácidos graxos de cadeia longa. O processo mais comum para sua produção é a reação de óleo vegetal ou gordura animal com um álcool. A presença de um ácido, uma base ou enzima incentiva a reação, sendo usada como catalisador. Esse processo é conhecido, na indústria, por transesterificação, que proporciona, além do biodiesel, a glicerina.
O álcool mais utilizado nessa produção é o metanol, devido ao alto custo do etanol, por isso o processo é conhecido como transesterificação metílica. Essa é a tecnologia mais utilizada no mundo, mas, no Brasil, há algumas usinas que utilizam a rota etílica (CHING e RODRIGUES, 2006).
A rota tecnológica alternativa à transesterificação é a de craqueamento do óleo vegetal ou animal. Segundo CHING e RODRIGUES (2006), no Brasil, esse processo está sendo analisado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa - em parceria com a Universidade de Brasília. “O protótipo comercial desse equipamento já se encontra em fase de desenvolvimento pela empresa Global Energy and Telecommunication (GET), com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP)”.
O Brasil é pioneiro e referência mundial na produção e desenvolvimento de biocombustíveis. Após o choque do petróleo de 1973, foi inaugurado o PRÓ-ÁLCOOL com a adição do etanol à gasolina e o lançamento de veículos movido exclusivamente a etanol. Após o segundo choque, em 1980, registrou a primeira patente mundial de fabricação do biodiesel (ANP, 2010).
Após o choque do petróleo de 1973, foi inaugurado o PRÓ-ÁLCOOL com a adição do etanol à gasolina e o lançamento de veículos movidos exclusivamente a etanol.
Em 2003, o Governo Federal criou um Grupo de Trabalho Interministerial para estudar a viabilidade do uso do biodiesel no país e definir estratégias para a sua utilização, envolvendo a Casa Civil e onze ministérios (MAPA, MT, MDIC, MME, MF, MP, MCT, MMA, MDA, MI e Mcidades). No seu Relatório Final, esse GTI aconselha a não privilegiar rotas tecnológicas, matérias-primas e escalas de produção agrícola e agroindustrial e recomenda, entre outras ações, a incorporação do biodiesel oficialmente na matriz energética e sua normatização, e implementar políticas públicas para fomentar a pesquisa e a produção agrícola e agroindustrial voltadas ao biodiesel, priorizando a inclusão social e o desenvolvimento regional (CASA CIVIL, 2003).
A partir desse relatório, foi criado o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB). Por meio dele, o Governo Federal organizou a cadeia produtiva do biodiesel, definiu as linhas de financiamento, estruturou a base tecnológica, editou o marco regulatório do novo combustível, estimulou a comercialização através de leilões, definiu isenções ou reduções tributárias e linhas especiais de financiamentos e de tributação para empresas que se enquadrassem no Selo Combustível Social, que favorece a agricultura familiar e o desenvolvimento regional (CEIB, 2010).
Marcelo de Lino Vieira, zooctenista, mestre em zootecnia, chefe do Departamento de Promoção Agrária da Secretaria de Agricultura de Viçosa, pós-graduando em Gestão e Análise Ambiental pela Univiçosa
Henrique Simonini, administrador de empresa, chefe do setor de Arte e Publicidade da empresa CPT – Centro de Produções Técnicas, pós-graduando em Comunicação Empresarial, Publicidade e Marketing pela Univiçosa
Ariádine Morgan, jornalista, editora - chefe do Portal de Informações do CPT – Centro de Produções Técnicas, pós-graduanda em Comunicação Empresarial, Publicidade e Marketing pela Univiçosa
Bibliografia Consultada:
ANP. Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Biocombustíveis. Brasília: MME. 2010. Disponível online em: <http://www.anp.gov.br/?id=470>(última consulta em: 22/10/2010)
CASA CIVL da Presidência da República. Grupo de Trabalho Interministerial. Relatório final. Brasília: imprensa oficial, 2003. 15p. Disponível online em: <http://www.biodiesel.gov.br/docs/relatoriofinal.pdf> (última consulta em: 15/10/2010)
CEIB. Comissão Executiva Interministerial do Biodiesel - CEIB. Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB). Brasília: folder eletrônico, 2010. Disponível online em: <http://www.biodiesel.gov.br/docs/Folder_biodiesel_portugues_paginado.pdf> (última consulta em: 15/10/2010)
CHING, W. H.; RODRIGUES, C. W. Biodiesel. SEBRAE. S.1, 2008. 63p. Disponível online em: <www.biodiesel.gov.br/docs/Cartilha_Sebrae.pdf> (última consulta em: 15/10/2010)
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