O processamento leva ao sucesso produtos rurais que estão entregando seus produtos diretamente nas redes de supermercados, nos restaurantes, nos hotéis e lanchonetes,evitando intermediários e ceasas.
Nas últimas décadas, têm ocorrido mudanças consideráveis nos hábitos alimentares do brasileiro, notadamente, nas populações de classe média a média alta. A participação efetiva da mulher no mercado de trabalho, com pouca disponibilidade de tempo para o preparo tradicional de alimentos; o aumento do poder aquisitivo decorrente da valorização da moeda e o avanço no uso de novas tecnologias na indústria de alimentos, foram os principais fatores de influência nessas mudanças.
Nos dias atuais, é possível adquirir numerosos produtos prontos para o consumo, embalados de forma atrativa e com características sensoriais adequadas ao paladar do brasileiro. Do mesmo modo, houve aumento do uso dos sistemas "self-service" (comida paga pelo peso) e de "fast foods" (alimentação rápida) como forma alternativa de suprir as necessidades alimentares de pequenas famílias ou de indivíduos com tempo limitado nos intervalos do trabalho. Por outro lado, a necessidade de hábitos de vida mais saudáveis para redução do estresse e manutenção da aparência jovem, levam as pessoas à prática de esportes e ao consumo diário de alimentos naturais como frutas e hortaliças.
No Brasil, embora haja grande disponibilidade de produtos hortícolas com preços acessíveis ao consumidor, ainda, ocorrem perdas substanciais dos mesmos no campo e na fase pós-colheita, principalmente pela carência do uso de tecnologias adequadas no cultivo, no manuseio, no armazenamento e na comercialização.
O processamento mínimo de frutas e hortaliças é uma tecnologia alternativa para a redução das perdas pós-colheita desses produtos perecíveis, que pode contribuir para um maior desenvolvimento da agroindústria no País.
Os produtos minimamente processados são aqueles submetidos a operações de limpeza, lavagem, seleção, descascamento, corte, embalagem e armazenamento, mas que apresentam qualidade semelhante à do produto fresco. Apresentam grande potencial de comercialização em decorrência da demanda constante e crescente por alimentos com características de produto natural com alta qualidade de preparo fácil e que tenham condições higiênicas garantidas para o consumo seguro, sem causar danos à saúde do consumidor.
A utilização de produtos minimamente processados é recente no Brasil, tendo a sua produção sido iniciada na década de 90 por algumas empresas atraídas pela nova tendência de mercado. O valor agregado ao produto pelo processamento mínimo aumenta a competitividade do setor produtivo e propicia meios alternativos para a comercialização.
O sucesso desse empreendimento depende, no entanto, do uso de matérias-primas de alta qualidade, manuseadas e processadas com elevada condição de higiene para manutenção da qualidade e prolongamento da vida útil (vida de prateleira). Surge daí a necessidade da aplicação de boas práticas de cultivo e colheita no ponto ideal de maturação para o consumo, bem como o conhecimento das características fisiológicas inerentes a cada órgão do vegetal a ser processado, tais como frutos, folhas, talos, inflorescências, raízes, bulbos, tubérculos, etc.
O controle do desenvolvimento microbiano é fundamental, pois a segurança é o atributo de qualidade mais desejável. É indispensável o uso de embalagem adequada e de controle da temperatura no processamento, distribuição e comercialização, uma vez que são fatores críticos para redução das deteriorações fisiológicas e/ou microbiológicas.
Os produtos com valor agregado devem competir diretamente com o produto fresco pelo mesmo espaço na prateleira de venda no varejo. Deve-se atentar para algumas recomendações como o treinamento do pessoal, o controle de qualidade em todas as etapas do sistema e assegurar a entrega aos clientes, mantendo a disponibilidade com alta rotatividade e preço competitivo.
As perspectivas são promissoras nesse segmento da indústria de alimentos, tendo como público alvo os serviços de fornecimento de alimentos prontos de preparo rápido como restaurantes, hotéis, lanchonetes e redes de supermercados.
O curso intitulado "Processamento Mínimo de Frutos e Hortaliças", produzido pelo Centro de Produções Técnicas – CPT, sob a coordenação técnica da professora Dra. Maria Isabel Fernandes Chitarra, visa levar aos produtores rurais o conhecimento das técnicas e dos equipamentos necessários ao processamento.
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Comentários
ALEXANDRE MARTINS DE OLIVEIRA NETO
4 de mar. de 2023Tenho algumas dúvidas
Resposta do Portal Cursos CPT
20 de out. de 2023Olá, Alexandre Martins de Oliveira Neto! Como vai?
Verifiquei no meu sistema que um consultor da empresa tentou contato com você, mas sem sucesso.
Se preferir, pode nos enviar uma mensagem através do WhatsApp (31)99294-0024.
Agradeço seu contato e precisando estamos à disposição.
Abraço!!
Equipe CPT
Mara regina arnhold
10 de fev. de 2020Tenho interesse, gostaria de mais informações, tempo, investimento, certificação.
Resposta do Portal Cursos CPT
7 de out. de 2021Olá, Mara! Como vai?
Como é bom saber que há pessoas que se interessam em aprimorar seus conhecimentos!
Fico feliz com sua visita. Em breve, uma de nossas consultoras entrará em contato com informações sobre o curso na área desejada.
Forte abraço!
Marcela Teixeira.