O palmito é um produto comestível, tenro, macio e com forma cilíndrica. Ele é extraído no interior da extremidade superior do estipe (caule) de algumas espécies de palmeiras. Apesar de poder ser extraído de várias palmeiras, apenas as do gênero Euterpe predominam nesta atividade extrativa, por serem mais saborosas. Atualmente, o palmito extraído da Palmeira-Real vem sendo bem aceito no mercado, pois é saboroso, macio e nutritivo.
Além disso, a cultura de Palmeira-Real para a produção de palmito é fácil de ser conduzida, pois adapta-se bem a diferentes condições de solo, é resistente ao ataque de pragas e doenças e é pouco exigente em tratos culturais. Quando a planta se encontra com três a quatro anos de idade, o palmito é extraído do interior da cabeça da planta, que é a parte verde superior do seu estipe.
Breve história do cultivo de palmeiras para a produção de palmito
“O aproveitamento econômico do palmito no Brasil teve início na década de 30, mais precisamente nas regiões Sul e Sudeste. Inicialmente, as explorações se limitaram apenas à espécie Jussara, nativa da Mata Atlântica, que foi a responsável por colocar o Brasil na posição de maior produtor, consumidor e exportador de palmito do mundo”, afirma o professor Alfredo Frasson, do Curso Cultivo de Palmeira-Real para Produção de Palmito, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
Entretanto, com o passar do tempo essa exploração intensa e prolongada da palmeira Juçara ocasionou uma considerável diminuição das suas reservas, de forma que, por volta de 1975, teve início a exploração do palmito de açaí, que, por ser uma espécie comum e de grande abundância na região Norte, o Estado do Pará passou a ser o maior fornecedor deste tipo de palmito. Naquela época, no Brasil e no mundo, o palmito já era considerado um alimento de grande interesse comercial.
Entre os anos de 1990 e 1995, o Brasil teve um lucro médio de 30 milhões de dólares por ano, apenas com exportações de palmito, e algo em torno de 180 milhões de dólares por ano de lucro foram obtidos no mercado interno.
A partir de 1990, a Palmeira Pupunha passou também a ser explorada de forma comercial e intensiva na produção de palmito de pupunha. E, na metade da década de 90, surge a Palmeira-Real da Austrália como uma espécie de grande potencial para a produção deste produto.
Por ser uma palmeira tipicamente de clima tropical, com elevado potencial produtivo, e que fornece palmito de excelente qualidade, a Palmeira-Real vem recentemente se destacando na produção de palmito em nosso país. Ela é uma planta nativa da Austrália e que se adaptou satisfatoriamente às condições ambientais do Brasil.
Inicialmente, a Palmeira-Real era utilizada apenas como uma planta ornamental, com caráter de embelezamento de áreas, residências, praças públicas, jardins, entre outros. Posteriormente, descobriu-se que esta espécie de palmeira oferecia um grande potencial para a produção de palmito e, atualmente, ela ocupa uma posição de destaque entre as espécies que são exploradas com essa finalidade comercial.
Qualidade do palmito da Palmeira-Real
O palmito extraído da Palmeira-Real apresenta boas características necessárias a esse produto, tais como: textura extremamente macia, sabor brando e delicado (entre o doce e o amargo) e cor branca, além de várias vitaminas e minerais.
Entre os inúmeros benefícios do palmito do Palmeira-Real temos o alto teor de fibras, o baixo teor de açúcares, o baixo teor de gordura, além de conter minerais, como Potássio, Cálcio, Fósforo e Sódio e algumas Vitaminas essenciais ao nosso organismo, como as Vitaminas B1, B2 e C.
Rendimento do palmito extraído da Palmeira-Real
De uma única palmeira é possível obter, em média, de 500 a 800 gramas de palmito, extraídos do seguimento encontrado no interior da cabeça de cada palmeira. Este seguimento pode ser cortado em várias fatias ou, então, em três ou quatro toletes de nove centímetros de comprimento.
Estima-se que de uma lavoura bem produtiva o produtor de palmitos da Palmeira-Real poderá obter de uma única planta com idade entre três e quatro anos, uma quantidade de toletes de palmito correspondente a um frasco com peso líquido entre 300 e 500 gramas.
Desta forma, se um produtor possuir uma lavoura, bem conduzida, com área correspondente a um hectare, poderá cultivar, em média, onze mil palmeiras e, assim, terá onze mil frascos de 500 g de palmito por cada hectare de terra cultivada.
Das partes menos macias do seguimento utilizado na obtenção do palmito obtém-se o picadinho, que é um produto menos nobre que o palmito, porém de boa aceitação no mercado.
Além disso, os gastos com tratos culturais da palmeira-real da Austrália são baixos, pois como já mencionado anteriormente ela é uma planta rústica e, por isso, o seu custo de produção é relativamente baixo, o que poderá contribuir para que se obtenha uma renda líquida bastante satisfatória para o produtor.
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Por Andréa Oliveira.
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Comentários
MARIA J G MONTEIRO
30 de jan. de 2024Uma palmeira mais antiga, mais de 10 anos, pode ser extraido o palmito?
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31 de jan. de 2024Olá, Maria Monteiro! Como vai?
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Mariza Medina
14 de out. de 2023Como saber a hora de cortar o palmito?
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16 de out. de 2023Olá, Mariza Medina! Como vai?
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