O Brasil apresenta-se como forte candidato a líder mundial na produção e exportação do biocombustível.
Desde meados do século XX, as atividades de geração de energia e logísticas de transportes no mundo dependem do petróleo. Nas últimas décadas, convivemos com o crescente aumento dos custos deste insumo, em decorrência do progressivo esgotamento das suas reservas naturais e das dificuldades de extração e transporte dessa matéria-prima. Além disso, em 1973, 1980 e 2006, os históricos choques de abastecimento internacional ratificaram essa dependência.
Aliado a isso, e à consequente necessidade de se buscar a autossuficiência nacional em energia, surge, também, a preocupação quanto aos danos ambientais causados pelo uso e exploração do petróleo. Nesse cenário, há uma pressão internacional para a adoção de outras fontes de energia menos poluentes e sustentáveis, favorecendo a expansão dos biocombustíveis.
Foram essas ideias que impulsionaram a primeira reunião entre governantes e cientistas, realizada em Toronto, no Canadá, em outubro de 1988. O objetivo era a negociação sobre as ações comuns e as metas para cada país diminuir a emissão de gases poluentes. Em 1992, aconteceu outra convocação, que foi chamada de ECO-92 e, por fim, em 1997, os países assinaram o Protocolo de Kyoto comprometendo-se em estabelecer diretrizes para a redução dos impactos ambientais, determinando cotas de emissão de gases poluentes e a possibilidade de venda dos chamados créditos de carbono.
Foi com essa obrigatoriedade que entrou em cena, mais exaustivamente, o biodiesel. Ele é obtido a partir da biomassa renovável e pode substituir os combustíveis fósseis em motores a combustão ou na geração de energia, como nas usinas termoelétricas. Os dois principais biocombustíveis usados no Brasil são o etanol, extraído de cana-de-açúcar, e o biodiesel, que é produzido a partir de óleos vegetais ou de gorduras animais e adicionado ao diesel de petróleo em proporções variáveis.
O biodiesel é obtido a partir da biomassa renovável e pode substituir os combustíveis fósseis em motores a combustão ou na geração de energia.
Compreendendo o potencial do país e a oportunidade do biodiesel como vetor de desenvolvimento econômico e social, o Governo Federal organizou ações visando à integração da produção agrícola de matérias-primas com a instalação de usinas de biocombustível e a rede logística do petróleo, garantindo a comercialização ao estabelecer, hoje, uma obrigatoriedade de inclusão de 5% de biodiesel no diesel fornecido ao consumidor final.
O Brasil, por sua diversidade e suas características de clima e solo, pelo amplo desenvolvimento de seu agronegócio e pelo seu pioneirismo tecnológico na produção e uso de biocombustíveis, apresenta-se como forte candidato a líder mundial na produção e exportação desse combustível. Para tanto, precisa desenvolver um sistema integrado com uma estrutura logística que garanta a competitividade do país nesse setor.
* Marcelo de Lino Vieira, zooctenista, mestre em zootecnia, chefe do Departamento de Promoção Agrária da Secretaria de Agricultura de Viçosa, pós-graduando em Gestão e Análise Ambiental pela Univiçosa
* Henrique Simoni, administrador de empresa, chefe do setor de Arte e Publicidade da empresa CPT – Centro de Produções Técnicas, pós-graduando em Comunicação Empresarial, Publicidade e Marketing pela Univiçosa
* Ariádine Morgan, jornalista, editora - chefe do Portal de Informações do CPT – Centro de Produções Técnicas, pós-graduanda em Comunicação Empresarial, Publicidade e Marketing pela Univiçosa
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