
O shiitake é uma iguaria muito nutritiva e com propriedades medicinais. É um cogumelo popular e que caiu no gosto dos brasileiros, o que transforma o seu cultivo em uma ótima alternativa de atividade lucrativa. Além disso, seu cultivo é considerado terapêutico e favorece quem possui pouca área de plantio disponível.
O professor do Curso CPT Cultivo de Cogumelo Shiitake, Augusto Ferreira, recomenda o cultivo do cogumelo shiitake, dado que esse é o segundo cogumelo mais consumido do mundo, o que o torna uma ótima possibilidade de fonte de renda. Além disso, a produção do shiitake utiliza insumos de baixo custo e possui manejo simples e seguro.
O cogumelo shiitake é considerado um ótimo alimento para dietas, pois possui 30% de proteínas, 50% de carboidratos e 10% de sais minerais, reduzindo o colesterol e aumentando a resistência contra tumores. Saiba mais sobre o ele e sobre o que é necessário fazer para produzi-lo:
Consumo do shiitake
O shiitake é um cogumelo tradicionalmente consumido na China há quase 1000 anos. Entre os anos 1500 e 1600 foi introduzido também no Japão. Posteriormente, passou a ser consumido na Europa, nos Estados Unidos e também no Brasil. Seu cultivo vem crescendo por suas propriedades nutricionais e medicinais. O cogumelo pode ser consumido fresco ou seco.
Como cultivar o shiitake
A cultura do shiitake ocorre em toras, geralmente de eucalipto, e também em serragem de madeira misturada com farelo de arroz. As árvores não devem perder suas cascas ou se contaminarem, e as toras não devem ter contato com o solo.
As toras devem ser retas, sem galhos, com a casca intacta e pouco cerne. É preciso ter 1 metro de comprimento e de 8 a 16 centímetros de diâmetro. Durante algumas horas antes do plantio, as toras devem ser mantidas longe do sol, dos ventos e das chuvas, para que percam o excesso de água e não se rachem.
As toras deverão ser furadas em linhas separadas de 5 a 8 centímetros, e com espaços de 15 a 20 centímetros entre os furos. São necessários 40 furos por tora, com diâmetro de 12 milímetros e profundidade de 23 milímetros. Os furos devem ser feitos com furadeiras especiais.
As sementes devem ser colocadas nos furos no mesmo dia em que foram feitos e é preciso protege-las com uma camada de parafina derretida e breu. Para essa camada, deve-se utilizar um pincel de palha de aço ou uma seringa. A parafina pode ser substituída pelo filme de PVC fino e transparente, que deverá embrulhar toda a tora.
Reprodução
Seu formato é de um guarda-chuva aberto, e possui no interior lâminas que se parecem com raios de uma roda de bicicleta, onde se formam os esporos ou sementes.
Sua reprodução é sexuada, havendo a união de hifas assexuadas e com a fragmentação do micélio. Cada cogumelo é resultado do desenvolvimento do fungo e produz milhões de células sexuais. O acasalamento ocorre quando o esporo germina e forma um filamento, também chamado de hifa. O filamento se une ao esporo e forma o micélio fértil, com dois núcleos por célula.
Incubação e colheita
O período de incubação é iniciado quando o micélio do fungo ataca a madeira e a apodrece. Para o melhor desenvolvimento do micélio, a temperatura ambiente deve estar entre 22°C e 25°C e a umidade entre 35% e 55%. Por essa razão, os resultados de cultivo são melhores no verão.
As toras devem ficar ao ar livre sob plásticos que fazem sombra. É importante empilhá-las sobre blocos de cimento para que não haja contaminação do solo. Em dias secos, é necessário irrigar as toras durante todo o dia. Caso tenha sido utilizado o filme de PVC, não é preciso realizar irrigação durante os 30 primeiros dias, até que apareça um bolor branco.
Em seguida, as toras devem ser levadas para ambientes cobertos e protegidos, com umidade do ar variando entre 40% e 60% e boa luminosidade, o que garantirá a boa aparência do produto final.
Os cogumelos devem ser colhidos enxutos e abertos, e durarão mais 15 dias desde que seus pés sejam torcidos para arrancá-los das toras. Em climas quentes, a colheita se realiza após um período de 4 a 6 meses. Em regiões frias, a produção pode demorar um pouco mais a dar resultado.
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Fonte: Rural News – Ruralnews.com.br
por Renato Rodrigues
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