“A lagarta-do-cartucho ou lagarta militar (Spodoptera frugiperda) causa prejuízos catastróficos ao produtor de milho, que podem variar entre 30%, 50% e 100%. Quando na lavoura de milho, essa praga raspa e perfura as folhas e a base da planta, além de destruir e danificar o cartucho do milho”, afirma João Carlos Cardoso Galvão, Doutor em Fitotecnia e professor do Curso CPT Produção de Milho em Pequenas Propriedades.
Primeiramente, o produtor deve inspecionar o milharal e colocar armadilhas delta, com pastilhas de feromônio de acasalamento, para atrair os machos da lagarta-do-cartucho. Essa inspeção também pode ser feita por amostragem no campo caminhando em zigue-zague ou no perímetro da lavoura.
Manejo integrado de pragas
Muitas pragas criam resistência a agroquímicos e tecnologia Bt. Por esse motivo, é tão importante fazer o manejo integrado de pragas, também conhecido como MIP. Por meio dele, a aplicação de defensivos agrícolas é reduzida de forma significativa. Dessa forma, a lagarta militar ou outras pragas não desenvolvem resistência aos produtos e o produtor consegue controlar a infestação.
Controle químico
No controle químico da lagarta-do-cartucho, deve-se proceder à rotação de inseticidas, com modos de ação distintos, para que a praga não desenvolva resistência aos produtos. No processo, os inseticidas de amplo espectro merecem destaque, principalmente os seletivos a inimigos naturais. Para serem aplicados, devem ser considerados a fase de desenvolvimento da praga e nível de danos à lavoura.
Controle biológico
O controle biológico da lagarta-do-cartucho pode ser realizado no estágio de ovo ou no estágio de lagarta. Quando na fase de ovo, os resultados são mais favoráveis. Nesse caso, as vespinhas Trichogramma ganham destaque por sua eficiência de ação. Elas parasitam os ovos da praga em um raio de 10 metros partindo do ponto onde são liberadas na lavoura. Uma única fêmea da Trichogramma é capaz de parasitar até dez ovos por dia.
Uso de milho Bt
O milho Bt é inoculado com a bactéria Bacillus thuringiensis normalmente presente no solo. Esse microrganismo produz uma proteína altamente tóxica para determinadas pragas, inclusive, a lagarta-do-cartucho. Como não age em outros organismos, mesmo com elevado poder inseticida, optou-se por inoculá-la no gene do milho. Assim surgiu o famoso e polêmico milho transgênico.
Tratamento de sementes
O tratamento de sementes de milho economiza tempo e dinheiro, principalmente quando comparado a aplicações foliares em áreas extensas. Se já ocorreram múltiplas infestações da lagarta-do-cartucho na lavoura, a melhor opção é utilizar sementes de milho tratadas para dar início a um milharal sadio. Entretanto, os produtos utilizados no tratamento devem ser sistêmicos e causar baixo impacto ambiental.
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Fonte: Aegro
Por Andréa Oliveira
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