
São dezenas de espécies de cigarrinhas existentes no Brasil. Entretanto, a espécie Dalbulus maidis é a principal causadora do enfezamento na cultura do milho. Chamada popularmente de cigarrinha-do-milho, ela se destaca das demais por apresentar duas pintas negras entre os olhos. Trata-se de um inseto sugador com grande potencial de destruição, que pode causar perdas na produção do milho de até 100%.
Transmissão da cigarrinha
A transmissão da cigarrinha-do-milho ocorre de duas formas: persistente ou propagativa. Na primeira, a infectividade da praga se estende ao longo do seu ciclo de vida. Basta ela adquirir o patógeno. Por isso, o controle deve ser realizado assim que identificada na lavoura de milho. Na segunda, o patógeno penetra, além de se desenvolver e se multiplicar no hospedeiro (cigarrinha).
Principais danos à cultura
Os danos à cultura do milho são inúmeros. Os principais são: plantas pequenas; espigas pequenas; plantas improdutivas; internódios curtos; emissão de perfilhos na base das plantas; brotamento nas axilas das folhas; má-formação das palhas das espigas; proliferação das radículas; proliferação das espigas; grãos chochos; falhas na granação; seca precoce das plantas; acamamento das plantas; e perda total da produção.
Controle da cigarrinha-do-milho
No caso de infestações de cigarrinha-do-milho em grau avançado, um único controle não é o bastante. Nesse sentido, o Manejo Integrado de Pragas (MIP) é a melhor opção. Por meio dele, são realizados os controles cultural, químico e biológico da cigarrinha-do-milho. Vejamos abaixo com mais detalhes:
Controle biológico
O controle biológico da cigarrinha-do-milho é realizado com produtos inoculados com o fungo Beauveria bassiana. Ele é inimigo natural da praga penetrando em sua cutícula e se multiplicando em seu interior até exterminar o inseto.
Controle químico
O controle químico da cigarrinha-do-milho é realizado com o tratamento das sementes de milho com inseticidas, como neonicotinoides. Com isso, o produtor garante às plântulas do milho maior proteção para o estabelecimento da cultura. Entretanto, as aplicações devem ser rotacionadas com produtos químicos com diferentes modos de ação.
Controle cultural
O controle cultural da cigarrinha-do-milho exige uma série de medidas como: realizar o monitoramento constante (em especial na fase inicial da cultura); não realizar a semeadura próxima a áreas com plantas adultas com sintomas de enfezamento; não realizar plantios consecutivos; proceder à eliminação de plantas hospedeiras; não sobrepor ciclos da cultura; bem como sincronizar a época de plantio.
Além disso, deve-se escolher híbridos de milho mais resistentes; usar sementes certificadas e tratadas industrialmente; adequar a época de plantio; impedir a dispersão de milho à beira das estradas; bem como realizar periodicamente a regulagem das máquinas para evitar a queda de grãos para que não germinem na área.
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Fonte: Blog Aegro
Por Andréa Oliveira

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