No Brasil, os fertilizantes de liberação progressiva têm se destacado no setor agrícola, pois apresentam uma série de vantagens. Como eles apresentam taxa gradual de disponibilização dos nutrientes para solo e planta, o tempo em que estes recebem os nutrientes se prolonga. Entretanto, esse tempo varia conforme alguns fatores, dentre eles, as condições de clima e solo, bem como a matéria-prima utilizada para fabricá-los.
Uma das técnicas utilizadas para a fabricação dos fertilizantes de liberação progressiva é o revestimento da matéria-prima com materiais orgânicos ou inorgânicos. O principal objetivo é controlar a liberação dos nutrientes por meio da regulação da umidade por exemplo. Ao usar esses produtos na lavoura, o produtor desfruta de algumas importantes vantagens. Vejamos:
Inibem a lixiviação dos nutrientes
Os fertilizantes de liberação rápida são mais suscetíveis à lixiviação, ou seja, os nutrientes são carregados para as camadas mais profundas do solo e não alcançam as raízes das plantas. Com a lixiviação, parte dos nutrientes aplicados no solo se perde, o que impede que as plantas sejam adequadamente nutridas.
Quanto aos fertilizantes de liberação progressiva, eles inibem o processo de lixiviação. Com isso, os nutrientes aplicados no solo são aproveitados com mais eficiência. Além disso, por permanecerem no solo por mais tempo, a necessidade de reaplicação é reduzida. Como resultado, o produtor otimiza o manejo nutricional da lavoura.
Mantêm os níveis nutricionais do solo mais estáveis
Outra vantagem dos fertilizantes de liberação progressiva é o efeito residual, que prolonga os benefícios ao solo e às plantas. Isso não ocorre com os fertilizantes convencionais, devido às perdas por lixiviação e volatilização, que tornam os níveis dos nutrientes no solo instáveis. Já ao usar fontes de liberação progressiva, as perdas são reduzidas e a disponibilização dos nutrientes se estende por maior período.
Nos cultivos de milho e soja em sucessão, por exemplo, o uso de fertilizantes de liberação progressiva diminui o número de adubações antes da cultura subsequente. O mesmo vale para o cultivo de café, cujo efeito residual desses fertilizantes tornam os níveis nutricionais do solo mais estáveis, o que reduz o número de reaplicações, assim como os custos operacionais.
Reduzem os impactos ambientais
Além das vantagens econômicas, os fertilizantes de liberação progressiva trazem benefícios ambientais, pois reduzem os impactos causados pela lixiviação e volatilização dos nutrientes em comparação aos fertilizantes convencionais. Entretanto, isso não torna as fontes convencionais menos importantes, pois elas são necessárias para suprir carências imediatas. Quando estas são supridas, o produtor deve fazer uso das fontes de liberação progressiva.
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Fonte: blog.verde.ag
Por Andréa Oliveira
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