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O replantio de soja após a safra principal aumenta a proliferação de pragas

As condições ambientais, a época do ano, a presença dos inimigos naturais e a não rotação de cultura, ou seja, o replantio de soja logo após sua safra principal aumenta a proliferação de pragas

 

 

A soja, em todo o seu ciclo, pode ser atacada por mais de 300 espécies de insetos que dela se alimentam, seja na lavoura ou nos nos grãos armazenados. No entanto, das 300 espécies, menos de dez apresentam perigo para a cultura e pouco mais de dez apresentam perigo secundário à oleaginosa. O que determina a ocorrência de uma espécie em maior população que outra são fatores como as condições ambientais, época do ano, presença dos inimigos naturais e, acredite, a não rotação de cultura, ou seja, o replantio de soja logo após sua safra principal.

A soja, em todo o seu ciclo, pode ser atacada por mais de 300 espécies de insetos, seja na lavoura ou seja nos nos grãos armazenados

A soja, em todo o seu ciclo, pode ser atacada por mais de 300 espécies de insetos, seja na lavoura ou seja nos nos grãos armazenados

O agricultor planta de acordo com o que acha que vai dar dinheiro e, normalmente, o milho é a cultura predileta na segunda safra. Porém, se as condições de mercado não estiverem boas esta possibilidade pode ser trocada pelo plantio da soja safrinha, de acordo com Nery Ribas, técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Mato Grosso, maior produtor de soja do País.

 A decisão sobre o que plantar, no entanto, tem de ir além do preço, já que soja sobre soja dá pelo menos mais três meses de sobrevida às pragas, que encontram espaço para manter a reprodução. O plantio da soja na entressafra pode vir a ser um grande problema para o produtor, jogando por água abaixo, boa parte da sua economia. O replantio de soja, após a safra principal, favorece a expansão de esporos do fungo causador da ferrugem asiática, e como é sabido, a ferrugem tem alta capacidade de proliferação. O plantio da soja sobre soja pode significar uma semeadura em ambiente propício para a contaminação. Para se ter ideia do tamanho do problema causado ferrugem asiática, quando ela ocorre  na primeira safra, o controle já é muito severo. Se ocorrer na segunda, então, o controle é praticamente impossível. “Soja sobre soja não é negócio. Não se pode fazer isso por causa do preço e comprometer, no longo prazo, três, quatro safras”, diz Wanderlei Dias Guerra, fiscal do Ministério e Agricultura no Estado do Mato Grosso. Quando se planta uma cultura depois dela mesma, ocorrem problemas que não aconteceriam com a rotação, alerta o pesquisador da Embrapa Soja, Amélio Dall`Agnol.

O replantio de soja, após a safra principal, favorece a expansão de esporos do fungo causador da ferrugem asiática

O replantio de soja, após a safra principal, favorece a expansão de esporos do fungo causador da ferrugem asiática

Mas os problemas não ficam por aí. A prática de repetição de cultura favorece, também, a presença de nematoides. Estes, por sua vez, podem causar prejuízos ainda mais expressivos à lavoura da soja que a Helicoverpa. Além disto, há necessidade de se considerar a questão ambiental, já que o uso de produtos químicos, defensivos, para o controle dessas doenças causa grandes problemas à natureza. O uso dos defensivos, por sua vez, largamente utilizados na primeira safra, esteriliza não só o ambiente, como também atinge inimigos naturais de pragas e dificulta a adoção de medidas como o manejo integrado.

O controle de pragas da cultura da soja tem por objetivo dois fatores: evitar o incremento da população de pragas e também que as pragas alcancem o chamado nível de dano econômico, que é o ponto em que o ataque causa prejuízos econômicos ao produtor. O controle mais indicado, então,  deve ser feito utilizando-se os princípios de Manejo Integrado de Pragas (MIP).

O importante no MIP é trabalhar com plantas de natureza diferentes, não plantando, por exemplo, duas leguminosas ou duas gramíneas em sequência. Trata-se da união de métodos de controle legislativos, culturais, biológicos e químicos, usados de forma conjunta, para que o agricultor conduza sua lavoura dentro de parâmetros ambientais aceitáveis, com um resultado financeiro positivo.

O plantio da soja sobre soja pode significar uma semeadura em ambiente propício para a contaminação

O plantio da soja sobre soja pode significar uma semeadura em ambiente propício para a contaminação

Existem várias técnicas de MIP. No entanto, para o correto uso de qualquer uma delas, o produtor deverá procurar ajuda de um agrônomo devidamente credenciado. Este profissional fará, antes de tudo,  o diagnóstico da praga que acomete a cultura, e depois, orientará o produtor sobre qual a medida de manejo mais indicada e eficiente para a sua lavoura. A ajuda profissional diminui substancialmente os prejuízos do produtor, evitando que o mesmo faça o uso incorreto de produtos químicos e práticas de controle. É importante lembrar que os produtos de origem química ou biológica devem estar devidamente registrados para a utilização na cultura da soja, no Ministério da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento.

Fonte: Globo Rural
Por Silvana Teixeira

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