
Atualmente, as formigas cortadeiras tornaram-se pragas presentes em grande parte das áreas cultivadas, incluindo florestas homogêneas e pastagens, em muitas regiões do continente americano, causando perdas consideráveis na produção das culturas, além de poderem limitar o plantio.
A invasão do homem nos diversos ecossistemas naturais para o desenvolvimento da agricultura, muitos sistemas ecológicos complexos, diversificados e estáveis foram destruídos. Como consequência, houve a extinção de uma variedade enorme de espécies botânicas, em grandes áreas, que serviam de alimento ou abrigo para inúmeros animais, inclusive insetos, causando desequilíbrio ecológico.
“Com as devastações das matas e a consequente redução dos competidores e inimigos naturais, aliados à pobreza dos solos e à introdução de monoculturas florestais e agrícolas, as formigas cortadeiras encontram condições ideais para proliferação e estabelecimento de suas colônias”, afirmam Pesquisadores da EMATER do Paraná e do Centro de Pesquisa Agroflorestal da EMBRAPA e também da Associação de Recuperação Florestal do Médio Tietê, responsáveis pelo Curso CPT Reposição Florestal
Espécies de formigas cortadeiras
Entre as espécies mais importantes de formigas cortadeiras, destacam-se as saúvas e as quenquéns, respectivamente dos gêneros Atta e Acromyrmex.
As espécies do gênero Atta são de maior tamanho quando comparadas com as do gênero Acromymex e, proporcionalmente, seus ninhos ocupam maiores áreas, o que resulta em grande quantidade de formigas por ninho. Assim, fica notável que as saúvas causam maiores danos às plantações.
Todas as espécies desses dois grupos de formigas cortadeiras constroem ninhos subterrâneos com dezenas ou centenas de câmaras, conhecidas também como panelas, que são ligadas entre si e com o exterior por meio de galerias.
No exterior, notam-se os montes de terra solta, formados pela terra retirada das câmaras e das galerias. Quando adulto, um ninho de saúva pode medir mais de 200 m2, com uma população que pode atingir vários milhões de formigas.
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Por Silvana Teixeira.
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