
A cultura florestal, geralmente, é feita de uma só espécie vegetal e não oferece possibilidade de alimento e de refúgio para a maioria das espécies de animais que viviam no local antes de ser derrubada a floresta original. Quando alguma espécie de animal, que pode ser um inseto, consegue se estabelecer na cultura, vai encontrar abundância de alimento e ausência de inimigos naturais, o que é mais do que suficiente para permitir um aumento populacional exagerado e, assim, tornar-se praga.
Pesquisas mostram que é fundamental preservar os locais que favorecem a alimentação, a reprodução e o abrigo dos inimigos nativos, deixando faixas de vegetação nos topos de morros ou ao redor de plantações e áreas de pastagens. Além disso, no desmatamento racional, recomenda-se restringir ao máximo o uso do fogo, não aplicar certos formicidas que eliminam formigas úteis e evitar o uso desnecessário de agrotóxicos.
Quando se realiza o desmatamento racional, automaticamente, realiza-se, também, um controle biológico. Dessa forma, preservam-se os inimigos naturais e a diversidade da vegetação nativa. Na falta de uma cobertura vegetal diversificada no solo, as novas colônias de saúvas tendem a sobreviver melhor e, por isso, os ataques às árvores tornam-se mais intensos.
Pesquisas indicam que o desenvolvimento do sub-bosque em área onde não existia esta cobertura vegetal anteriormente reduziu a quantidade média de novos sauveiros que se instalavam a cada ano. Em tais casos, a presença do sub-bosque pode ter dificultado o pouso e a instalação das tanajuras, uma vez que elas tendem a pousar somente em locais limpos e de solo desnudo. Esse sub-bosque pode, também, ter servido para criar diversos mecanismos naturais de defesa das árvores contra as formigas, muitos ainda desconhecidos pela ciência, a exemplo do que ocorre dentro de uma mata natural.
As formigas cortadeiras fazem distinção entre plantas nativas e plantas exóticas e já se concluiu que elas podem forragear em mais da metade das plantas de uma floresta tropical. Em condições experimentais, constatou-se que essa quantidade pode chegar a mais de 3/4 das espécies de vegetais oferecidos para forrageamento. Tais informações ajudam a confirmar o fato de que as formigas sempre forrageiam em muitas espécies de vegetais que estão à sua disposição. Assim, as formigas podem poupar a floresta plantada quando o sub-bosque é bem diversificado e abundante.
Confira, abaixo, algumas dicas extreamente necessárias ao controle formaigas cortadeiras. Estas informações e tecnologias foram devidamente testadas e aprovadas por pesquisas em campo. Portanto, saiba como agir ao se deparar com este problema e tenha sucesso em seu empreendimento.
- Formigas Cortadeiras - espécies, manejo integrado e métodos de combate à praga
- Importância do controle e do combate das saúvas e quenquéns
- Quem são as saúvas e os quenquéns e como vivem
- Manejo integrado de saúvas e quenquéns
- O que são as técnicas preventivas ao ataque de saúvas e quanquéns
- Uso de plantas poucos apreciadas, resistentes ou tóxicas
- Conservação de inimigos naturais
- Combate direto com formicidas
- Combate químico por formicidas em pó
- Combate químico por iscas granuladas
- Combate químico por termonebulização
Por Silvana Teixeira
Este conteúdo pode ser publicado livremente, no todo ou em parte, em qualquer mídia, eletrônica ou impressa, desde que contenha um link remetendo para o site www.cpt.com.br.
Cursos Relacionados
Deixe seu comentário
Informamos que a resposta será publicada o mais breve possível, assim que passar pela moderação.
Obrigado pela sua participação.