Há variações entre os ciclos de vida das cultivares superprecoces, precoces e normal. Foto: Stock.XCHNGl
Um dos produtos agrícolas mais importantes para a nossa economia, o milho é uma planta nativa das Américas. Trata-se de um alimento sempre presente na mesa dos brasileiros por meio de uma culinária repleta de receitas com milho. Embora esse grão seja tão comum em nossa rotina, devido à distância entre grande parte dos consumidores e o campo, muitos desconhecem como essa planta se desenvolve. Já o agricultor, para alcançar sucesso na atividade, conhece e precisa conhecer cada vez mais sobre o cultivo do milho e as fases ao longo do crescimento do vegetal. Portanto, a fim de auxiliar os produtores rurais em sua capacitação e no preparo de sua equipe de trabalho, o CPT – Centro de Produções Técnicas elaborou o curso Produção de Milho em Pequenas Propriedades.
E como o milho se desenvolve? No que diz respeito à duração dos ciclos de vida, há variações entre cultivares superprecoces, precoces e normal. "Apesar da planta de milho apresentar ciclo de vida que varia de plantas super precoces em que a polinização pode ocorrer 30 dias após a emergência até aqueles em que o ciclo completo demora até 300 dias, nas condições brasileiras, o tempo entre a semeadura e a colheita varia de 120 a 160 dias", explicam os professores do curso CPT.
O ciclo é basicamente dividido em quatro etapas. Segue a explanação que o curso traz a respeito delas:
ED1= compreende o período entre a germinação e a emergência. Esse período dura de 5 a 12 dias, dependendo da umidade do solo e da temperatura do ambiente.
ED2= compreende o período entre a emergência e o florescimento feminino. A duração dessa etapa depende do comprimento do ciclo do cultivar. É a etapa vegetativa do milho.
ED3= compreende o período entre o florescimento e o espigamento que tem uma duração de no máximo 10 dias.
ED4= compreende o período do espigamento a maturação fisiológica, ou seja, a granação que tem duração de 40 a 60 dias. O término dessa fase coincide com a formação da amada preta na inserção do grão com o sabugo.
Mas, isso não é tudo. Para compreender ainda melhor esse processo, o ciclo está segmentado em estádios fenológicos, ou seja, fases de desenvolvimento. São 11 estádios. Os vegetativos são baseados no número de folhas completamente desenvolvidas, o que é percebido quando a bainha torna-se visível. Já, após o florescimento, os estádios baseiam-se na consistência dos grãos. Seguem alguns exemplos de estádios citados no curso CPT:
Estádio 1
No início dessa fase, o meristema apical, responsável pelo desenvolvimento de toda a parte aérea, encontra-se abaixo da superfície do solo. Quando a parte terminal do coleóptilo rompe o solo e fica exposta à luz, o alongamento do mesófilo cessa e são liberadas as folhas, completando a emergência. O sistema radicular primário está em desenvolvimento e já apresenta alguns pelos de absorção e ramificações diferenciadas. O sistema radicular primário se desenvolve paralelo à superfície do solo, explorando pequeno volume dele.
Estádio 2
Esse estádio, normalmente, coincide com o primeiro mês depois da emergência, e a planta de milho apresenta quatro folhas completamente desenvolvidas, ou seja, com a bainha visível. O ponto de crescimento está cerca de 2,5cm abaixo da superfície do solo. As raízes primárias crescem muito pouco e estão sendo substituídas pelas raízes definitivas oriundas dos primeiros nós próximos e abaixo da superfície do solo. As raízes definitivas já apresentam pelos radiculares e exploram maior volume de solo. Nessa fase, o milho é muito sensível ao encharcamento do solo.
Estádio 3
Esse estádio frequentemente ocorre na sexta ou sétima semana após a emergência, quando a planta já apresenta oito folhas completamente desenvolvidas e alta taxa de crescimento. O ponto de crescimento já ultrapassou a superfície do solo ficando vulnerável a ataques de pragas que poderão causar danos irreparáveis à planta. É um período de rápido desenvolvimento foliar e alta exigência por nitrogênio. O sistema radicular explora volume considerável de solo o que propicia grande aproveitamento de fertilizantes. Nesse estádio, é definido o número de fileiras de grãos das espigas.
Conheça os demais estádios e outros aspectos importantes acerca do desenvolvimento do milho. Acesse o curso CPT e confira também os tópicos sobre amostragem do solo, escolha da cultivar, plantio, entre outros.
Por Luci Silva
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Comentários
Antonio Caser
21 de set. de 2017O que o pólen tem a ver com o cultivo do milho?
Resposta do Portal Cursos CPT
21 de set. de 2017Antonio,
seu comentário já foi respondido.
Atenciosamente,
Renato Rodrigues.
dulce rebeca sacala
8 de set. de 2017Como saber que o milho ja atingiu a maturaçao
Resposta do Portal Cursos CPT
11 de set. de 2017Olá, Dulce.
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. O milho está pronto para ser colhido a partir da maturação fisiológica do grão, o que acontece no momento em que 50% das sementes na espiga apresentam uma pequena mancha preta no ponto de inserção das mesmas com o sabugo.
Atenciosamente,
Renato Rodrigues.
Antonio Caser
19 de jun. de 2017O que o pólen tem a ver com o cultivo do milho?
Resposta do Portal Cursos CPT
19 de jun. de 2017Olá, Antonio.
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. O processo de polinização é fundamental para o desenvolvimento do milho, pois é a partir dele que ocorre florescimento femenino da planta.
Atenciosamente,
Renato Rodrigues.