O capim-amargoso (Digitaria insularis) é uma das plantas daninhas mais prejudiciais a cultivos de grãos, como milho e soja. São mais de dois anos de ciclo produtivo com propagação por sementes e desenvolvimento de rizomas – espécie de caule enraizado, que cresce horizontalmente. Por esse motivo, em especial, essa erva daninha rebrota rapidamente mesmo após a aplicação de herbicidas.
Disseminação do capim-amargoso
Em plantações de grãos, a invasão de capim-amargoso abrange, praticamente, todo o país, em uma extensão de mais de 8 milhões de hectares. Como se propaga facilmente, por produzir mais de 100 mil sementes a cada inflorescência, essa planta daninha tem se tornado o maior pesadelo dos produtores de milho e soja brasileiros. Principalmente pela rápida disseminação das sementes apenas com a ação do vento.
Capacidade germinativa das sementes
Além da grande quantidade de sementes produzidas pelo capim-amargoso, elas apresentam uma capacidade incrível de germinação. Em outras palavras as sementes de Digitaria insularis germinam tanto na ausência como na presença de luz solar. Entretanto, a profundidade na qual são introduzidas no solo compromete a sua germinação. Geralmente, a redução de mais de 90% da emergência do capim-amargoso começa a 4 cm de profundidade.
Custos para controle de infestações avançadas
Em cultivos de milho e soja, o desenvolvimento desenfreado do capim-amargoso pode impactar negativamente na produtividade dos grãos. Os custos do produtor referentes ao controle da erva daninha, em estágio avançado e resistente a herbicidas, podem chegar a quase 300%. No controle de infestações de Digitaria insularis junto à Conyza bonariensis, os custos podem ultrapassar 400%.
Manejo da Digitaria insularis
“Uma época propícia para o eficiente controle do capim-amargoso é na entressafra de grãos”, explica João Carlos Cardoso Galvão, professor do Curso CPT Produção de Milho em Pequenas Propriedades. A aplicação de herbicidas deve ser direcionada a plantas com até 2 perfilhos, pois os resultados são melhores. Para alcançar os rizomas das ervas daninhas em estágio avançado, são necessárias aplicações subsequentes para dificultar a rebrota.
Controle com surfactante e herbicida sistêmico
Além dos herbicidas sistêmicos já utilizados pelos produtores de grãos, recentemente foi desenvolvido um produto com ótima performance para controle de ervas daninhas super resistentes a herbicidas convencionais. Trata-se de um surfactante com tecnologia avançada. Quando associado a herbicidas sistêmicos, ele potencializa a ação desses produtos e dificulta o rebrote do capim-amargoso.
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Leia o artigo "Milhos especiais - controle de plantas daninhas."
Fonte: blog.aegro.com.br
Por Andréa Oliveira.
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