A classificação orgânica dos cultivares de alho é confusa, uma vez que eles podem receber nomes diferentes em cada região. Os cultivares também são chamados clones porque as mudas são pedaços da planta mãe. Atualmente, os clones produzidos no sistema orgânuco, que produzem bulbilhos de maior tamanho e em menor número são os preferidos dos consumidores. Por isso, eles têm sido mais amplamente cultivados. Como exemplos desses cultivares, temos o Amarante, o Gigante de Lavínia, o Gigante Roxão e o Gigante Curitibanos.
Os cultivares ou clones orgânicos de alho podem ser agrupados de acordo com a duração do seu ciclo, como é mostrado a seguir.
a) Clones brancos precoces
Esse grupo é composto por clones que tem túnicas e películas de cor branca e ciclo precoce, produzindo bulbos maduros de 110 a 140 dias após o plantio. Nesse grupo, o cultivar mais disseminado é o Branco Mineiro, pois se adapta a diferentes regiões do país, sendo produzido no Centro-Sul, no extremo Sul, no Nordeste e no Norte do país. O Branco Mineiro é susceptível ao superbrotamento, um distúrbio causado por excesso de nitrogênio e de água, e às doenças fúngicas da folhagem, principalmente, à queima de Alternaria e à ferrugem.
b) Clones de ciclo médio
Os clones de ciclo médio são colhidos com 141 a 170 dias após o plantio. Nessa categoria, temos o Gigante de Lavínia, o Amarante, o Gigante Roxão e o Caturra, que apresentam bulbilhos grandes e baixa incidência de palitos. Esses clones são menos adaptáveis que o Branco Mineiro, em termos climáticos e de solo, e mais exigentes em fotoperíodo. Ainda no grupo dos clones de ciclo médio, temos o Centenário e o Cateto Roxo, que apresentam muitos bulbilhos pequenos e palitos. Como vantagens, eles apresentam alta produtividade e maior rusticidade, adaptando-se a diferentes localidades e apresentando alta resistência a doenças fúngicas da parte aérea.
c) Clones tardios
Os clones tardios são colhidos com mais de 170 dias após o plantio. Essa categoria inclui o clone ‘Dourados’, com túnicas brancas e películas arroxeadas envolvendo os bulbilhos, que são muito numerosos e com grande número de palitos. Outro clone é o Chonan, que produz no máximo 12 bulbilhos por bulbo. A túnica que recobre o bulbilho é arroxeada ou a púrpura. Esses clones são muito exigentes em fotoperíodo, tendo baixa adaptação às condições climáticas do Centro-Sul. O Chonan, por exemplo, só produz nas condições do sul do país ou em plantios tardios (a partir de maio) no sudeste brasileiro, empregando-se bulbilhos frigorificados em pré-plantio.
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Por Silvana Teixeira
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