A sustentabilidade da produção se fundamenta em práticas, que não agridem o meio ambiente nem colocam em risco a saúde humana. Ao usar agroquímicos sem critérios, por exemplo, o solo e a água podem ser contaminados. Quanto aos vegetais, eles podem intoxicar as pessoas, sem falar da possibilidade de surgirem doenças graves, como o câncer. Daí a importância do uso dos adubos orgânicos.
Conforme explica Shiro Miyasaka, professor do Curso CPT Agricultura Natural, os fertilizantes orgânicos não apresentam elementos químicos nem aditivos sintéticos. Eles são de origem vegetal ou animal e, portanto, considerados naturais. Existem adubos orgânicos simples e mistos. Os primeiros apresentam uma única origem, como esterco de curral. Já os segundos apresentam várias origens, como os compostos orgânicos.
Esterco animal
O esterco animal é um dos fertilizantes orgânicos mais utilizados na agricultura e na jardinagem. Originado dos excrementos de bovinos, cavalos, caprinos, ovinos, suínos e aves, antes de ser utilizado, ele deve necessariamente ser curtido. Para isso, 30 dias antes de ser aplicado nas plantas, ele deve passar por tratamento, que consiste em revirar os dejetos a cada três dias. Caso contrário, a umidade natural do estrume fará surgir microrganismos patógenos nocivos às plantas.
Vermicompostagem
As minhocas produzem o valioso húmus, material orgânico rico em nutrientes essenciais ao desenvolvimento das plantas. Ele é originado da vermicompostagem, que ocorre em um viveiro separado em três caixas. Na primeira caixa, são colocadas as minhocas e a terra junto a restos vegetais. Já a segunda caixa armazena os dejetos das minhocas originados do consumo do material orgânico. Quanto à terceira caixa, ela recebe o chorume, um potente biofertilizante líquido.
Compostagem
A compostagem vem da decomposição de material orgânico, como restos vegetais e alimentos. Estes são colocados em composteiras para se transformarem em compostos orgânicos. Para isso, a primeira caixa deve ser forrada com folhas para, depois, receber o material orgânico. Já na segunda caixa, devem ser colocados húmus e minhocas, responsáveis pela decomposição do material. Quanto à terceira caixa, esta tem a função de armazenar o fertilizante líquido resultante da compostagem.
Principais benefícios
Além da capacidade de retenção da água no solo, os adubos orgânicos melhoram a estrutura do solo e previnem a erosão. Sem falar que eles regulam a temperatura do solo, em dias ensolarados, o que é muito importante para o bom desenvolvimento das plantas. Além disso, os fertilizantes orgânicos estimulam o desenvolvimento da biodiversidade no solo, como os microrganismos benéficos às plantas.
Na verdade, as vantagens dos fertilizantes orgânicos são inúmeras e envolvem desde a produção até os produtos, que chegam à casa dos consumidores livres de agroquímicos. Fora os benefícios ambientais, econômicos e técnicos.
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Fonte: Tecnologia no Campo
Por Andréa Oliveira
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