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O manejo integrado de plantas daninhas (MIPD) é um conjunto de procedimentos adotados para controlar as plantas invasoras. Bastante eficaz, o MIPD deve ser realizado antecipadamente, unindo os métodos de controle mecânico, químico e cultural. Especialistas defendem que a associação de, no mínimo, dois métodos garante o controle das plantas daninhas e diminui a agressão ao meio ambiente.
Os cuidados abaixo podem ser associados ao uso de herbicidas no controle de plantas daninhas: antes da aplicação de herbicidas, o solo não deve conter torrões; o solo deve ser preparado após a primeira chuva. Recomenda-se aplicar, em seguida, herbicidas pré-emergentes com maior espectro de ação; o período residual do produto deve ser considerado.
Recomenda-se antes da aplicação de herbicidas que o solo tenha sido bem preparado, de preferência logo após as primeiras chuvas, devendo ainda ser observado o período residual do produto aplicado.
A cana de ano e meio passa por um período de seca, e o seu crescimento é interrompido, voltando a crescer somente quando as chuvas retornam. As plantas daninhas voltarão ao canavial se o herbicida não possuir um período residual que acompanhe a fase de parada e de retorno de crescimento; o produtor deve considerar que os grupos de plantas daninhas variam conforme a época do ano. Isso facilita a escolha do herbicida mais apropriado.
O cultivo de cana de ano nos períodos quentes e chuvosos propicia o surgimento de gramíneas. Nos períodos de condições climáticas inversas é comum o desenvolvimento de plantas daninhas com características diferentes. Recomendam-se as precauções a seguir: o produtor deve conhecer o tipo de solo antes de aplicar o herbicida.
A ação e a retenção do produto pelas frações constituintes do solo dependem dos fatores como:
- O pH da terra;
- Os herbicidas mais solúveis são indicados para o plantio da cana de ano-e-meio, geralmente cultivada em períodos com menor disponibilidade de água;
- Seletividade do herbicida em relação à variedade de cana;
- O produtor deve conhecer o tempo de retenção do herbicida no solo, havendo a necessidade de reaplicação do produto na cana-soca;
- Evitar a concentração excessiva do herbicida no solo.
A rotação de herbicidas é altamente recomendada, pois a repetição de uso causa a seleção das plantas daninhas resistentes e culmina na ineficácia do herbicida.
As plantas daninhas nos canaviais
O desenvolvimento das plantas depende da interação de fatores vivos (bióticos) e não-vivos (abióticos). Dos fatores bióticos, a interação da cana-de-açúcar com plantas daninhas é uma das causas mais frequentes na interferência no crescimento e na produtividade. As plantas daninhas provocam problemas que chegam a elevar em até 30% o custo de produção da cana-de-açúcar.
As principais interferências negativas das plantas daninhas nos canaviais são:
- Competição com a cana-de-açúcar por água, luz, oxigênio, gás carbônico e nutrientes existentes nos solo;
- Liberação de substâncias alelopáticas, que agem bioquimicamente na cultura da cana-de-açúcar e comprometem o seu desenvolvimento;
- Podem atuar como hospedeiros de doenças e pragas que prejudicam o desenvolvimento dos canaviais.
Um desses componentes já é capaz de desencadear a redução na quantidade de colmos colhidos e, muitas vezes, tornar a manutenção da cultura impraticável.
O surgimento das plantas daninhas chegam a provocar perdas de até 85% no peso dos colmos das plantas. A sua interferência é mais crítica quando ocorrem durante as primeiras etapas de desenvolvimento da cana, sobretudo na germinação da cana-planta ou da soqueira.
Principais plantas
Existem aproximadamente mil espécies de plantas daninhas espalhados pelos canaviais em todo o mundo. Algumas delas se destacam pela ocorrência e pela severidade dos danos que causam. As principais espécies de plantas daninhas que atuam nos canaviais são: corda-de-viola (Ipomoea spp.), capim-marmelada (Brachiaria plantaginea) e capim-colchão (Digitaria horizontalis).
A relação com as queimadas
A amplitude térmica das queimadas dificulta a germinação das sementes de plantas daninhas. Num futuro próximo, as queimadas da cana deverão ser legalmente abolidas. Essa nova realidade desenvolverá um ambiente propício para o surgimento de outras espécies de plantas daninhas e demandará o desenvolvimento de novos métodos de controle.
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Cana-de-açúcar
Fontes: Embrapa, Wikipédia e UFPB, Ebah
Postado por Silvana Teixeira
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