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Cana-de-açúcar - Doenças Causadas por Bactérias

Cana-de-açúcar - Doenças Causadas por Bactérias

 

Dentre as doenças bacterianas que preocupam o setor canavieiro destacam-se a escaldadura das folhas, estrias vermelhas e raquitismo da soqueira, que estão descritas, detalhadamente, abaixo. Outras doenças também provocam prejuízos, dependendo da região e das condições ambientais.

Escaldadura das folhas - Bactéria Xanthomonas albilineans

A doença é causada pela bactéria Xanthomonas albilineans, capaz de colonizar os vasos das plantas e mover-se sistematicamente em seus tecidos vegetais. Ela se manifesta de forma distinta em localidades diferentes, isto é, os sintomas da doença variam de acordo com as condições do local.

A escaldadura das folhas apresenta grande potencial destrutivo, sobretudo em variedades suscetíveis. No Brasil, sua importância tem sido deixada de lado em função dos erros de identificação e da confusão de seus prejuízos com aqueles causados pelo raquitismo da soqueira. Quando a doença se manifesta em variedades extremamente suscetíveis, pode causar perdas de até 100%. Ela pode causar, ainda, má formação dos colmos, morte das touceiras, queda de produção e de riqueza em sacarose.

São conhecidos três tipos de sintomas da doença, considerados bastante complexos:

- Em algumas situações, observa-se no interior dos colmos uma descoloração na região dos nós, assemelhando-se aos sintomas do raquitismo da soqueira;

- Surgimento de diversos sintomas externos, sendo que o mais característico são as estrias brancas na folha, podendo atingir até sua base;

- O sintoma agudo, observado nas variedades mais suscetíveis em condições favoráveis à bactéria, caracteriza-se pela queima total das folhas, como se a planta tivesse sido escaldada. Daí a origem do nome da doença, escaldadura das folhas.

A bactéria penetra pelos ferimentos dos colmos e permanece na planta durante toda sua vida. Dessa forma, a doença é facilmente disseminada na colheita por meio de ferramentas de corte como o facão ou mesmo as colhedoras. Com o aumento da colheita mecanizada, as preocupações com essa doença se intensificaram. Portanto, é importante manter o canavial sempre sadio.

Os ventos e as chuvas podem disseminar a doença por longas distâncias, quando espalham a bactéria presente em áreas mortas (necroses) das plantas afetadas. Condições de estresse (frio, seca ou temperatura muito alta) induzem o aparecimento da fase aguda da doença.

A principal forma de controle da escaldadura das folhas é feita por meio de variedades resistentes e tolerantes. O uso de variedades tolerantes requer alguns cuidados, como: evitar plantio de mudas provenientes de campos com a doença; preparar áreas de viveiros para eliminar bactérias do solo e restos de cultura; desinfectar equipamentos e ferramentas utilizadas no manejo da cultura. Não é conhecido até o momento qualquer produto, químico ou biológico, que controle satisfatoriamente a escaldadura das folhas.

Estria vermelha – Bactéria Acidovorax avenae

A bactéria causadora da doença é de origem asiática e está presente nas principais regiões canavieiras do mundo. No Brasil, sua presença é restrita, pois necessita de condições de clima e solo específicas, como alta fertilidade. A estria vermelha é considerada uma doença secundária, porém apresenta certo impacto econômico nos Estados de São Paulo e do Paraná.

A doença manifesta-se com o aparecimento de estrias finas e longas nas folhas e podridão do topo do colmo. Nas folhas os sintomas evoluem para uma coloração vermelho-marrom. Com a evolução da doença, as estrias atingem o topo da planta. Posteriormente, essa região umidece e apodrece. Se as condições forem favoráveis, a podridão do topo estende-se pelo resto do colmo, causando rachaduras por onde escorre um líquido de odor desagradável.

A disseminação da bactéria se dá por respingos de chuva e pelo vento, sendo que o calor (temperaturas acima de 28ºC) e a alta umidade (acima de 90%) favorecem seu desenvolvimento. As infecções são favorecidas, também, por ferimentos produzidos nas plantas, quando uma folha esbarra em outra. O uso de variedades resistentes é o método mais efetivo de controle da estria vermelha.

Raquitismo da soqueira - Bactéria Leifsonia xyli subsp. xyli

Pesquisadores consideram o raquitismo da soqueira a mais importante doença da cana-de-açúcar em todo o mundo. O raquitismo pode causar prejuízos de 5 a 30% da produtividade e infeccionar até 100% do canavial.

Não existe qualquer sintoma externo característico da doença que possa ser visualizado para o diagnóstico. Por isso, em alguns casos, o produtor pode não saber que seu campo está infectado. O produtor só tomará conhecimento do raquitismo quando observar o subdesenvolvimento dos colmos rebrotados da touceira depois da colheita.

A doença leva a um crescimento retardado das touceiras e colmos menores, tornando o canavial desuniforme. Nas touceiras doentes observa-se, então, colmos mais finos e internódios (região entre os nós) curtos, o que causa redução da produtividade. Se faltar água às plantas durante a manifestação do raquitismo da soqueira, seus efeitos serão mais intensos e ocorrerá enrolamento das folhas.

A intensidade dos sintomas e, também, as perdas são variáveis. Ambas dependem da cultivar, da idade da touceira e das condições climáticas, como a seca. Além destes fatores, também podem estar associadas aos seguintes aspectos: intensidade de estresses causados por herbicidas; ocorrência de outras doenças simultaneamente; tratos culturais inapropriados, como excesso de competição por plantas daninhas, excesso ou falta de nutrientes e compactação do solo.

A doença manifesta-se de modo mais claro nas soqueiras de variedades mais suscetíveis, nas quais podemos observar outro sintoma, já interno à planta: o desenvolvimento de uma coloração alaranjada-claro a vermelha-escuro nos vasos que conduzem a água na planta (vasos xilema) na parte mais velha dos colmos maduros.

Existem registros de que a bactéria sobrevive no solo após a colheita para reinfectar plantas sadias. A principal forma de controle do raquitismo da soqueira é por meio de resistência varietal. No entanto, a maior dificuldade consiste na seleção de variedades resistentes em função da dificuldade no diagnóstico rápido e eficiente da doença. Outra forma eficaz de controle é o tratamento térmico de toletes ou gemas por duas horas a 50o C. Por ser facilmente transmitida por meios dos equipamentos, a desinfecção é um importante método para prevenção da doença. Todos os equipamentos usados para corte da cana devem ser desinfectados com produtos químicos ou pelo calor.

Confira todo o conteúdo sobre Cana-de-Açúcar, acessando o link abaixo:
 
Cana-de-açúcar

Fontes: Embrapa, Wikipédia e UFPB, Ebah

Postado por Silvana Teixeira

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