Tanques-rede são gaiolas construídas com armação galvanizada e laterais cercadas por telas especiais, de arame revestido com plástico de alta aderência. Esses podem ser colocados dentro de represas ou rios. Os peixes são mantidos no interior dessas gaiolas durante todo o período recomendado para a espécie cultivada. Como nos tanques-rede é possível fazer o cultivo em alta densidade, eles são mais utilizados para a criação de tilápias e de surubins.
Pesquisadores do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (IAU-USP), em São Carlos, desenvolveram um concreto a partir de materiais reaproveitados. O material usa até 70% de areia de fundição (usada nos moldes de peças metálicas) como substituta da normal e 100% de escória de aciaria (resíduo da produção do aço) no lugar das pedras.
Em Castelo, no Espírito Santo, um aluno do Senar surpreende o professor com a invenção de um aerador para tanques de peixes sem a necessidade de energia. Ele criou um aerador artesanal que funciona por meio da força gravitacional da água
Outro equipamento que melhora a qualidade dos produtos, com a padronização, é a desnatadeira. “Essa máquina separa o creme, um produto nobre e de valor mais elevado que o leite, que pode ser utilizado posteriormente para a produzir manteiga e requeijão, por exemplo”, ressalta o Prof. Juliano Gomide Souza, do Curso CPT de Instalação de Queijaria e Controle de Qualidade.
Para ter sucesso com a criação comercial de surubim é muito importante avaliar as condições do local onde se pretende instalar os tanques. Neste sentido, o produtor deverá atentar-se quanto as características da água, o tipo de solo e a temperatura da água do local da piscicultura. “Para avaliar a água que será utilizada na piscicultura, deve-se considerar a qualidade e a quantidade da mesma”, afirma José Eduardo Aracena Rasguido, professor CPT da área Piscicultura. Outra dica é que a água seja abundante e livre de contaminações.
O reaproveitamento das cinzas geradas com a queima de bagaço de cana na produção de concreto, no setor da construção civil, poderá transformar o resíduo em mais um subproduto da cana. A técnica para produção de concreto foi desenvolvida pelo pesquisador e professor da UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos, Almir Sales, e vem sendo estudada há quatro anos.
O lodo produzido em Estações de Tratamento de Água (ETA), se lançado diretamente na natureza polui rios e solos, podendo contaminar inclusive animais e seres humanos. Como forma de amenizar esse problema, uma pesquisa da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP mostra que o lodo produzido em Estação de Tratamento de Água (ETA) pode ser usado na produção de concreto para recomposição de calçadas. O concreto veda os resíduos tóxicos do lodo evitando danos ao meio ambiente e à saúde.
É fato que a reciclagem de resíduos da construção civil, concreto e pavimento, em nosso país, já saiu das estações experimentais mantidas por universidades e alguns poucos serviços públicos de limpeza urbana. O ato de dar um destino adequado a estes entulhos tem interessado, também, a iniciativa privada, mudando paradigmas, e foi aí que o mundo percebeu que reciclar é preciso. É preciso em nome do homem, é preciso em nome do país, é preciso em nome da vida. O reconhecimento do grande transtorno causado pelos resíduos construção civil, como sujidade pública, entupimento de boeiros, invasão de vias públicas, acidentes diversos, entre outros, fez com Países desenvolvessem (e ainda continuam desenvolvendo) novas tecnologias e equipamentos para conseguir um melhor aproveitamento dos resíduos sólidos, um dos maiores causadores da poluição ambiental.
O Projeto Boa Esperança, desenvolvido pela Embrapa Meio-Norte no Rio Parnaíba (MA) pretende melhorar a vida dos pescadores da região. Ele capacita os produtores na criação de peixes em tanques-rede. Nas unidades instaladas até agora, eles estão produzindo em média 500kg de tilápia e tambaqui, que são vendidos em feiras livres ou no atacado. O quilo sai em torno de R$ 6 a R$ 7 e assim os pescadores esperam faturar no mínimo R$ 25 mil já na primeira pesca.
A demanda por consumo de pescado está em alta e o incentivo para o negócio já começa a ser discutido nesta sexta-feira, 14. O estímulo é para a produção em cativeiro, pois essa ainda é pequena em muitas regiões brasileiras, como é o caso do estado mineiro.