O período de chuvas, que começa no final de novembro e pode ir até o fim de janeiro em algumas regiões, é um momento bastante delicado para a apicultura. Nesta época, os zangões são expulsos da colmeia e a rainha põe menos ovos, havendo uma redução da produção de mel, pólen e cera. Este período é chamado de entressafra entre os apicultores que, por sua vez, precisam encontrar soluções para a alimentação das abelhas.
Ao contrário do que ocorre em outras regiões do Nordeste, os apicultores do Sergipe têm tudo para comemorar. No ano passado (2015,) eles produziram em torno de 500 toneladas de mel
Uma mistura simples pode facilitar o manejo de abelhas no frio. No período em que o inverno está mais rigoroso, muitas abelhas morrem, ocasionando diminuição na produtividade das colmeias. Uma técnica difundida pela Emater de São Gabriel tem dado bons resultados na redução dessas perdas.
A produção comercial do pólen ainda é pouco explorada no Brasil, mas técnicas estão sendo desenvolvidas para facilitar e proporcionar maior lucratividade ao apicultor. São as abelhas operárias as designadas para a função de coletá-lo e trazê-lo até a colmeia, elaborando o alimento para todos. O pólen é a fonte de proteína da dieta desses animais.
A apicultura tem como objetivo principal a obtenção de mel, própolis, cera, geleia real e rainhas, que dão origem a novas colmeias. Essa é uma das atividades mais lucrativas da pecuária brasileira, principalmente porque o clima do país é favorável à criação desses insetos. Outro fator importante é a extensa flora brasileira, com inúmeras plantas nectaríferas e poliníferas.
O própolis é conhecido há muito tempo por ter efeito anti-inflamatório e antibiótico, sendo usado para curar gripes, dores de garganta, alergias e até queimaduras. Agora, cientistas da Universidade de Medicina de Chicago, nos Estados Unidos, notaram os efeitos dele sobre células cancerosas.
A técnica mais comum para a extração do mel das colmeias é usando um fumegador, que ajuda a diminuir a agressividade das abelhas. No entanto, a fumaça fica impregnada no mel, reduzindo bastante a qualidade. Para tentar resolver o problema, o apicultor Adelmo Cabral, do sertão do Pajeú, em Pernambuco, desenvolveu uma técnica que utiliza um labirinto, que permite colher o mel com menos fumaça.
O ácaro Varroa, principal inimigo dos apicultores na República Tcheca e responsável pela morte de 35% das abelhas da região, está com seus dias contados. Especialistas afirmam que o parasita vive tanto dentro das larvas quanto nas abelhas já adultas, absorvendo a hemolinfa (fluido circulatório dos artrópodes), diminuindo, assim, sua massa corporal.
A própolis pode ser utilizada para combater cáries, é o que afirmam cientistas da Universidade Autônoma do México. A substância elaborada pelas abelhas é um composto de cera usado para tapar fissuras nas colmeias. Sua estrutura química varia de acordo com alguns fatores como estação do ano, floração e a região na qual os insetos fazem coleta.
Pesquisadores da Universidade de Kyushu, no Japão, desenvolveram uma turbina eólica que pode produzir o triplo de energia do que as comuns. A nova turbina é chamada de lente eólica e está em fase de testes. Essa pode ser uma solução para reduzir o preço dos aparelhos, cuja energia é limpa, mas inviável em grande escala.