O Guzerá leiteiro teve sua origem na região de Guzerat, na Índia, onde é conhecida como Kankrej. É considerada, por estudiosos, como a primeira raça zebuína a ser utilizada pelo homem. Em anos recentes, a criação do Guzerá passou a viver um período mais significativo para a pecuária de leite do país.
Em 2009, a revista Science publicou o resultado do trabalho de mapeamento do genoma bovino. O estudo foi feito com a participação de mais de 300 cientistas de todo o mundo, inclusive do Brasil. Na época, a pesquisa foi realizada com uma vaca da espécie Bos taurus taurus, da raça Hereford, de origem europeia. Agora, 3 anos depois, cientistas brasileiros devem anunciar o sequenciamento das raças zebuínas Gir Leiteiro e Guzerá, de origem indiana.
Produtores apostam no potencial genético do rebanho leiteiro e, consequentemente, no aumento da produtividade e da remuneração da atividade.A Expozebu deste ano bate recorde no número de animais leiteiros inscritos para julgamento e concurso. Foram listados 82 exemplares da raça gir, 37 da guzerá e 14 da sindi.
No manual, você verá que, desde a chegada do gado zebu ao Brasil, no século XIX, até a atualidade, essa subespécie de bovino vem ganhando espaço na pecuária de corte. Hoje, mais de 80% do rebanho bovino brasileiro é formado pelo gado zebuíno. Afinal, sua fácil adaptabilidade ao nosso clima e sua rusticidade tornaram o zebu o preferido dos pecuaristas.
Uma pesquisa das Faculdades Associadas de Uberaba (FAZU), em parceira com o pecuarista José Henrique Barros, gerente de sustentabilidade da Associação Brasileira dos Criadores de Zebus (ABCZ), pretende desenvolver a pecuária leiteira a partir da produção orgânica. O projeto pretende implantar ações sustentáveis para a produção de leite orgânico das raças zebuínas.