Hoje, 17 de outubro, comemoramos o dia da apicultura - atividade milenar em muitos países ao redor do mundo. Trata-se da criação racional de abelhas tanto para lazer como comercialização do mel e subprodutos
Documento proposto pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, aprovado no dia 11 deste mês, quer excluir o mel, a cera, a própolis, a geleia real e os demais produtos da apicultura das normas de inspeção de produtos de origem animal, conforme previsto na Lei 1.283/50.
Ainda faltam quatros anos, mas a bola já está rolando no campo da economia brasileira. O movimento gira em todos os setores sendo a oportunidade para alavancar ou mesmo iniciar um negócio. Na apicultura, a ideia é de agregar valor ao produto, com embalagens menores e produtos diferenciados como o própolis e a geleia real.
O incentivo ao consumo interno, assim como o aumento das exportações, são os destaques da Cadeia Reprodutiva do Mel e Produtos Apícolas, definida no último dia 23, em Brasília. A agenda apresenta dez pontos considerados de extrema importância para o crescimento da apicultura brasileira. Entre eles, feiras no exterior, visando, principalmente, impulsionar as vendas para a União Europeia, Estados Unidos, Japão e países árabes
O período de chuvas, que começa no final de novembro e pode ir até o fim de janeiro em algumas regiões, é um momento bastante delicado para a apicultura. Nesta época, os zangões são expulsos da colmeia e a rainha põe menos ovos, havendo uma redução da produção de mel, pólen e cera. Este período é chamado de entressafra entre os apicultores que, por sua vez, precisam encontrar soluções para a alimentação das abelhas.
A apicultura tem como objetivo principal a obtenção de mel, própolis, cera, geleia real e rainhas, que dão origem a novas colmeias. Essa é uma das atividades mais lucrativas da pecuária brasileira, principalmente porque o clima do país é favorável à criação desses insetos. Outro fator importante é a extensa flora brasileira, com inúmeras plantas nectaríferas e poliníferas.
O projeto Casa do Mel, de iniciativa do Instituto Terra, pretende recuperar áreas degradadas da Mata Atlântica no Vale do Rio Doce e desenvolver a área rural de modo sustentável. Para isso, busca aperfeiçoar a apicultura da região, que já tem gerado emprego e renda. O projeto é feito em parceria com a empresa Legambiente.
Na região do Mato Grande, no Rio Grande do Norte, os apicultores estão conseguindo aproveitar bem todo o potencial da criação de abelhas. Além do mel, a apicultura local tem lucrado bastante com a produção de pólen, própolis e na coleta da toxina das abelhas, que é usada na fabricação de medicamentos e cosméticos.
A apicultura é a principal atividade em 100 propriedades rurais no município de Santa Cruz do Sul, localizado na região do Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. A região produziu mais de 70 toneladas de mel, que serão revendidas no mercado interno.
Para o presidente da Confederação Brasileira de Apicultura (CBA), José Gomercindo Corrêa da Cunha, em entrevista à Agência Brasil, a exigência da criação de unidades de extração de mel é um dos principais entraves ao crescimento do setor no país. Segundo ele, o produtor não tem como arcar com as despesas de implantação de uma sala para produzir mel.