Para avaliar se a criação das bezerras está sendo bem feita, deve-se utilizar um conjunto de critérios. O primeiro deles é a taxa de mortalidade. O ideal é não perder nem uma bezerra, mas considera-se razoável uma taxa de 5% de mortalidade ao ano. De acordo com Oriel Fajardo Campos, professor do Curso a Distância CPT Bezerras de Raças Leiteiras - Do Nascimento ao Desaleitamento, em Livro+DVD e Cursos Online, "O segundo critério em importância é a morbidade, que pode ser avaliada pelos gastos com medicamentos"
Entre os bezerros, algumas doenças são altamente prevalentes. Até 30 dias de idade, os maiores desafios são as diarreias e problemas respiratórios, enquanto de 30 a 120 dias, geralmente são a tristeza parasitária e problemas respiratórios. As diarreias são a principal causa de mortalidade nessa fase.
Pedro Henrique de Araújo Carvalho, Médico Veterinário e Professor do Curso CPT Cuidados com a Saúde do Bezerro, explica que “Nas primeiras horas de vida, os bezerros sofrem inúmeras mudanças”. Alguns desafios a que os bezerros podem ser submetidos são:
O leite mamítico (aquele produzido por vacas recebendo antibiótico no tratamento contra infecções, principalmente da glândula mamária) apresar de representar perda econômica para o criador, pode ser utilizado na alimentação das bezerras. Resultados de experimentos não detectaram diferenças no crescimento de bezerros alimentados com leite normal ou leite mamítico. Apesar das fezes mais fluidas, por ocasião do fornecimento de leite mamítico, constatou-se que não houve aumento no número de medicações para diarreia, em comparação com aqueles recebendo leite integral.
Após o nascimento dos bezerros, diversos devem ser os cuidados a serem tomados para que o futuro da criação de bovinos não sofra com nenhuma doença ou problema e provoque prejuízos ao pecuarista. Alexandre Bizinoto, professor do Curso CPT Cria de Bezerros de Corte, alerta para os cuidados com os bezerros, ressaltando que essa fase é importante e o manejo incorreto durante esse período pode produzir prejuízos permanentes ao animal.
A cura do umbigo do bezerro recém-nascido deve ser feita logo após a mamada do colostro. Isso é feito porque, logo após o nascimento, a cria fica com uma porção do umbigo não cicatrizada exposta, onde podem surgir bicheiras ou infecções. “A maneira correta de tratar o umbigo é cortá-lo, dois a três dedos abaixo de sua inserção, não sendo necessário cortar, se ele tem um tamanho menor”
Ao nascer, o bezerro não possui a capacidade de eliminar os principais patógenos envolvidos nas infecções. Justamente por isso, é necessário garantir que o animal receba os anticorpos por meio do colostro, explica Dr. Paolo Antônio Dutra Vivenza, professor do Curso CPT Clínica Médica de Bovinos.
Infelizmente, é praticamente impossível evitar perdas de animais tão jovens dentro de uma propriedade. Portanto, o importante é minimizar a taxa de mortalidade, mantendo-a em torno de 3 a 5%. Nesse sentido, a preocupação principal deve ser garantir uma sanidade adequada, focando na prevenção de doenças.
No seu comportamento normal, logo após o parto, a matriz lambe o bezerro, retirando as membranas fetais e mucos e massageando o corpo da cria. Nesse processo, a matriz não deve ser interrompida, porque essa massagem é muito importante para o recém-nascido.
Curar o umbigo do bezerro é um tratamento que deve ser feito logo após o nascimento. “É importante que o técnico ou tratador use equipamento desinfetado e em ambiente livre de sujeira”, afirma Pacifico Antônio Diniz Belém, professor do Curso CPT Enquanto o Veterinário Não Chega - Atendimento a Bovinos.
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