A truta é um peixe de formato alongado, de até 60 cm de comprimento total e 2 kg de peso. A cor do dorso varia do esverdeado ao castanho, possui pintas escuras nas nadadeiras e no corpo, suas laterais são acinzentadas e a parte inferior esbranquiçada. Pertencente à família do salmão, a truta é um peixe muito exigente e só atinge o tamanho e o vigor necessário em ambientes saudáveis. Água pura, oxigenada, de temperatura entre 13 e 17 graus C, cristalina e corrente, são essenciais para que a Truta tenha bom desenvolvimento comercial. Por isso, ela é considerada como um dos poucos peixes cujo consumo pode ser feito sem o risco de contaminação.
A Truta Comum é um peixe de escamas grandes. Sua carne é muito saborosa. Seu corpo é alongado. Possui cabeça e olhos grandes, boca sem barbilhos terminais, com mandíbulas poderosas armadas de dentes agudos e fortes, maxila superior ultrapassando o nível posterior do olho. Sua coloração varia segundo o habitat e a idade. Normalmente, o dorso é castanho escuro ou cinzento esverdeado, com os flancos mais claros de um amarelo esverdeado e ventre amarelado ou esbranquiçado. Seu corpo encontra-se salpicado, lateralmente, de pintas vermelhas e negras. Pode atingir os 60 cm e pesar até mais de dois kg.
A traíra e o trairão são espécies tipicamente brasileiras, sendo o trairão originário da região norte. Suportam águas com baixos teores de oxigênio dissolvido e atingem a maturidade sexual por volta do segundo ano de vida. Reproduzem-se naturalmente nos viveiros, não havendo diferença sexual entre o macho e fêmea.
No Brasil, a piscicultura, como atividade rural, surgiu há cerca de 70 anos, no Estado de São Paulo, com a introdução do cultivo da carpa comum, truta arco-íris e a tilápia. Esse cultivo só se consolidou na década de 80, com o desenvolvimento da tecnologia da desova induzida para o pacu e o tambaqui. Tal fato viabilizou os processos produtivos com o escoamento de produção em larga escala.
A piscicultura é uma atividade muito antiga, os chineses já a praticavam há vários séculos antes de Cristo. A criação de espécies exóticas, como a carpa, a tilápia e a truta a de espécies nativas, como o pacu e o tambaqui, vêm crescendo a cada dia.
As seguintes espécies e seus híbridos são especialmente adequados para sistemas intensivos com altas taxas de estocagem: tilápias, tambaqui, pacu, pirarucu, panga, jundiás e catfishs. Outras espécies, como lambaris e trutas, também se adaptam bem desde que atendam aos requisitos mínimos do sistema.