Morada Nova é uma das principais raças de ovinos deslanados do Nordeste do Brasil. Para os poucos familiarizados com o termo, falar em ovinos deslanados é falar de ovinos desprovidos de lã, sendo o corpo desses animais, então, recobertos por pelos. Explorados para a produção de carne e pele, os ovinos Morada Nova são muito apreciados no mercado internacional. Nacionalmente, por serem animais de pequeno porte e facilmente adaptáveis às condições climáticas nordestinas, a criação dos ovinos Morada Nova em pequenas propriedades rurais constituem importantes fontes de proteína para a alimentação familiar.
A criação de ovinos (conhecidos popularmente como cordeiros ou ovelhas) ou ovinocultura se expande pelo Brasil todo. Desde o Rio Grande do Sul, região tradicional dessa atividade, passando pelo Sudeste e pelo Centro-Oeste, chegando até o Nordeste do país. Entre as diversas funções dessa prática, estão a produção de lã, a exploração da pele e a produção de carne dos animais.
Introduzida no país na década de 70, importada da ilha Texel, na Holanda, a raça de ovinos Texel ocupa hoje posição de destaque no Hanking das raças de ovinos criadas nos Estados brasileiros. Devido a sua aptidão para a produção de carne magra, macia e suculenta; lã de boa qualidade; precocidade sexual de ganho de peso; alta fertilidade; rusticidade e carcaça melhorada, essa raça é usada em diversos cruzamentos de rebanhos, no intuito de produzir maior quantidade e qualidade de carne nobre.
A produção de ovinos pode ser realizada em diferentes sistemas: extensivo, semiextensivo e intensivo. Dependendo da região, onde há manejo de pastagens, a taxa de lotação de ovelhas por hectare pode variar. Mas outros fatores também podem determinar essa variação. Os fatores econômicos, por exemplo, levam a criação de ovinos ao sistema intensivo.
Na criação de ovinos, o desempenho reprodutivo do macho e da fêmea depende de fatores, como idade e raça dos ovinos, manejo alimentar na fase de lactação das ovelhas e condições climáticas regionais. Além disso, o ovinocultor deve considerar desde o pico de atividade sexual dos ovinos até as condições mercadológicas para subprodutos da ovinocultura.
O oferecimento de dietas muito fibrosas aos ovinos, sobretudo forragens não tratadas, implica em consumo por quilo de peso metabólico bastante inferior ao verificado nos bovinos, supondo-se que os ovinos tenham necessidade de triturar melhor o alimento, antes que passe do rúmen ao intestino, fato que diminui a velocidade de passagem. Quando as forragens são peletizadas, ou ao passar a fornecer concentrados, os consumos das duas espécies tornam-se similares. Veja a comparação dentre bovinos e ovinos tratados com matéria seca:
São muitos os alimentos volumosos e concentrados que podem ser usados na criação de ovinos, cada um deles com diferentes composições nutricionais. Por isso, quanto mais esses alimentos variam, mais complicado fica desenvolver uma formulação que possa atender aos requerimentos dos ovinos em relação aos objetivos de desempenho esperados. Dentre esses alimentos, existem aqueles que são usados com mais frequência no manejo nutricional dos ovinos, por estarem mais disponíveis no mercado, ou por serem culturas mais adaptadas às regiões onde os ovinos são criados.
Há uma série de doenças que acometem os ovinos. Nesse sentido, é muito importante observar que quanto mais cedo uma doença for detectada nos ovinos mais fácil será o seu controle. Por esse motivo, o ovinocultor deve conhecer as doenças que atacam o rebanho, assim como saber como proceder diante do infortúnio.
Entre as diversas funções da ovinocultura, estão a produção de lã, a exploração da pele e a produção de carne de ovinos. Entretanto, para o sucesso da criação de ovinos, o ovinocultor deve atentar para doenças, que acometem os cascos e a pele das ovelhas, dos carneiros e dos cordeiros.
Edson Ramos de Siqueira, professor do Curso CPT Alimentação de Ovinos de Corte, destaca que a alimentação do rebanho é fundamental, pois interfere diretamente no ganho de peso dos animais, na secreção do leite, no trabalho muscular e na acumulação de gordura, tornando necessário o entendimento por parte dos produtores de que o manejo nutricional é o responsável pelo sucesso da produção de ovinos.