Muitos pecuaristas traçam estratégias de seleção e melhoramento de seu rebanho, de maneira a obter, ao longo do tempo, reprodutores cada vez melhores. São criadores cuja principal atividade não é a produção leiteira ou de carne, mas, sim, selecionar e multiplicar bons reprodutores e comercializa-los.
O índice de prenhez por meio da inseminação artificial será alto se um esquema de observações e horários do cio for seguido à risca pelo inseminador. Do contrário, se não houver, muitos cios serão perdidos, assim como muitas doses de sêmen. Frente as dificuldades de se proceder a inseminação artificial, no horário ideal (final do cio), é recomendável, identificada a vaca em cio, seguir uma regra fixa, para determinar a hora certa de inseminar.
Detectado o cio, a vaca ou novilha deve ser levada para o curral e identificada para ser inseminada no momento adequado. A partir de então, iniciam-se os passos da inseminação propriamente dita. Na checagem dos registros, a vaca e os materiais utilizados para inseminar são preparados. O primeiro passo é verificar na ficha da vaca se existe alguma informação que possa impedir a sua inseminação. Não se deve inseminar vacas com menos de 35 dias de parida ou que tenham apresentado cio há menos de 18 ou mais que 24 dias. Em seguida deve-se conferir se todos os materiais a serem usados na inseminação encontram-se disponíveis e limpos. Verifica-se, também, onde o sêmen escolhido encontra-se no botijão.
O mercado pecuário brasileiro vem mostrando grande crescimento desde que aqui foram introduzidos os primeiros bovinos. A fase de avanços tecnológicos, visando o aumento da produtividade e rentabilidade, continua acelerada e o progresso do setor pode ser constatado em vários indicadores econômicos.
No Brasil, a criação e o mercado de carne de ovinos está em amplo crescimento. Até a década de 90 do século passado, o consumo de carne ovina no mercado brasileiro era pequeno e restrito às fazendas e/ou épocas definidas do ano (Páscoa e Natal).
O avanço da inseminação artificial na pecuária brasileira tem sido intenso, o que demonstra que as vantagens oferecidas pela técnica são muitas. Entretanto, para que sua adoção seja um sucesso, é fundamental um bom treinamento para os responsáveis por sua aplicação na propriedade, quer sejam técnicos ou vaqueiros.
Na inseminação artificial, a monta é substituída pela colocação do sêmen no aparelho reprodutivo da vaca, por meio de materiais apropriados. Um desses materiais é o aplicador, que é introduzido na vulva da fêmea, atravessando a vagina e a cérvix, permitindo a deposição do sêmen na entrada do útero. Esse sêmen é diluído para aumentar as chances de fecundação. No entanto, é preciso também que haja um óvulo fértil na vaca.
De forma geral, a inseminação artificial em gado de leite tenta agir sobre estes dois aspectos: aproveitar ao máximo os cios da matriz, e fazer com que as crias tenham maior potencial produtivo, por conta do uso de sêmen de reprodutores melhoradores, a um custo relativamente baixo.
O sêmen bovino dos reprodutores de alto mérito genético é processado nas centrais de sêmen, onde os animais passam por um rigoroso controle sanitário e nutricional. Atualmente, a maioria das centrais faz o congelamento de sêmen em palhetas médias ou finas, sendo esta última a mais utilizada nos últimos anos, por motivos de redução de espaço e praticidade de transporte.
Uma correta observação do cio em vacas é fundamental para o sucesso da inseminação, ou seja, depois que se adota a inseminação, o rebanho não terá mais o touro, a não ser em caso de opção por repasse. A detecção do cio, então, terá de ser feita de uma forma alternativa, surgindo a necessidade de técnicas para reconhecimento do cio entre as vacas.