Plantar eucalipto é uma forma promissora e lucrativa de diversificar as atividades rurais. Além de fornecer carvão para várias indústrias, a madeira do eucalipto serve para construir mourões para cercas, bem como tábuas para a indústria moveleira e construção civil. Dessa forma, o produtor aproveita as áreas obsoletas da propriedade rural e aumenta a renda familiar.
O eucalipto, por ser uma espécie florestal de rápido crescimento, produtora de madeira de qualidade, tem-se tornado, cada vez mais, excelente alternativa no mercado de madeira para serraria. Os eucaliptos foram introduzidos no Brasil no início do século passado, pelo visionário pesquisador Edmundo Navarro de Andrade, à época, a serviço da Companhia Paulista de Estradas de Ferro.
A madeira de eucalipto é utilizada em construções, tanto no meio urbano como no meio rural, pois proporciona conforto térmico, permite a pré-moldagem e apresenta fácil manuseio. Além disso, embora inflamável, ela é mais resistente ao fogo e leva mais tempo para queimar. Entretanto, como é suscetível à deterioração, ela deve passar por tratamento.
Celso Trindade, um dos professores do Curso CPT Cultivo de Eucalipto, destaca que o eucalipto é uma árvore de fácil cultivo, com espécies que apresentam baixa exigência em umidade e em fertilidade do solo. Sua adaptação às condições de solo e clima de boa parte do Brasil é muito grande, apresentando taxa de crescimento maior que em muitas partes do mundo, inclusive na Austrália, de onde é nativo.
Um dos principais fatores que contribui para a depreciação da madeira serrada de eucalipto, são as tensões de crescimento. BAENA (1982) afirma que os defeitos como rachaduras e empenamentos estão associados às tensões internas, que se manifestam após o abate das árvores, com maior intensidade nas idades mais jovens, diminuindo consideravelmente com o amadurecimento da árvore.
As florestas plantadas são consideradas importantes fontes de matéria-prima, contribuindo para a redução de um provável déficit mundial de madeira e entre as espécies mais procuradas e promissoras, destaca-se o Eucalipto.
O plantio do eucalipto é muito semelhante ao plantio de outras espécies agronômicas propagadas por mudas. Antes, porém, deverão ser controladas as plantas que possam concorrer com as mudas em sua fase de estabelecimento, logo após o plantio. Estas plantas, além de competir por água e nutrientes, crescem rápido e podem abafar as mudas recém-plantadas. Outro cuidado importante é o controle de formigas cortadeiras, que atacam as mudas intensamente, cortando ramos e folhas, podendo matar a planta ou atrasar seu desenvolvimento.
O apodrecimento da madeira de eucalipto decorre da atuação de enzimas produzidas pelos fungos, a partir de vários biocatalisadores, onde cada uma dessas substâncias desenvolvem funções específicas, com a aceleração ou o controle das reações bioquímicas. A quebra enzimática, por sua vez, consiste basicamente na transformação dos componentes insolúveis da madeira, em produtos solúveis, e em seguida para compostos químicos simples, que são introduzidos no metabolismo do fungo.
O eucalipto foi introduzido, no Brasil, em 1868, nos Estados do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Primeiramente, sua utilização era para arborização de ruas, decoração, ou ainda, para quebra de ventos. O cultivo, em larga escala, só começou a ser executado, em 1903, no Estado de São Paulo. A finalidade do cultivo era a produção de lenha.
Em uma plantação de eucalipto, as operações de limpeza da área, ou seja, o controle de ervas daninhas, variam em função do tipo de vegetação e de topografia, podendo ser manuais, mecanizadas ou químicas.