O Brasil, País de enorme extensão territorial, possui todos os fatores desejáveis à produção de frutas. De norte a sul, listam-se inúmeras variedades produzidas para atender ao consumo interno, externo e, também, para a industrialização. No entanto, tamanha demanda acarreta também em prejuízos, já que muitas das frutas, de alguma maneira, acabam se estragando, seja na colheita, no transporte ou até mesmo durante a comercialização. Apesar dos danos físicos sofridos, muitas vezes as frutas não perdem suas propriedades, tornando o descarte uma ação impensada. Essas frutas podem e devem ser reaproveitadas e, quando feitas de forma correta, geram renda extra às famílias. Uma boa forma de fazer do descarte de frutas um lucro real é com a fabricação de doces em calda e compotas.
Quer tirar o melhor proveito da quarentena em benefício próprio? Aprenda a fazer para, posteriormente, comercializar deliciosas compotas de doces diversos. “As compotas são doces preparados com frutas ou legumes inteiros, em calda rala. É uma forma de conservar as frutas de estação para consumi-las o ano inteiro”, afirma Prof.ª Maria da Graça Bragança, do Curso Como Produzir Doces em Calda e Compotas.
A produção de doces caseiros existe, no Brasil, desde a época do Império. Porém, com o passar do tempo, a atividade, que se destinava apenas ao aproveitamento das frutas da colheita e à conservação nas entressafras, saiu do âmbito doméstico e tornou-se uma forma de complementação da renda familiar, pois agrega valor aos produtos agrícolas e promove sua colocação no mercado.
Não fique no prejuízo. Se o valor de mercado pago pelo tomate in natura está baixo demais, agregue valor a sua produção antes de vendê-la. Além disso, o processamento caseiro do tomate é uma maneira de aproveitar o excedente da produção e os frutos que não deram classificação para o mercado. “Permite aproveitar os baixos preços da matéria-prima na época de safra e aumentar a renda extra, com a venda do produto processado”, afirma Maria da Graça Lima Bragança, professora do Curso a Distância CPT Processamento de Tomate, em Livro+DVD e Curso Onlin
O cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum) é uma frutífera perene típica da Amazônia. Embora possa crescer mais de 20 metros, com podas de condução, ela não ultrapassa quatro metros. A primeira produção de cupuaçu tem início dois anos após plantio. Geralmente, ela é “direcionada à indústria alimentícia para fabricar compota, doce, geleia, sorvete e suco.
Por este novo conceito, a propriedade rural verticaliza diversas atividades, passando a processar parte ou tudo o que produz, fazendo também a comercialização. A venda é feita na própria fazenda, aos visitantes, que acompanham o trabalho de produção, conhecendo os detalhes tecnológicos.
Proveniente da região amazônica, o cupuaçu é uma fruta que tem grande potencial para a indústria de alimentos, sendo considerada excelente matéria-prima para fabricação de geleia, néctar, iogurte, pudim, sorvete, picolé, licor, doce, compota, biscoito e muitos outros subprodutos. Nos últimos anos, houve um grande crescimento de demanda por esta fruta para o consumo in natura.
As sementes da colonização brasileira fizeram brotar as raízes da culinária mineira. Da semente portuguesa, nasceram o gosto pela simplicidade das preparações, que salientam as qualidades naturais dos produtos. Das sementes afro-indígenas nasceram o gosto pela mandioca, pelos inhames, além do uso de utensílios como potes, balaios e panelas de barro. A falta de espaço nas vilas e povoados incrustados nas montanhas mineiras fez surgir pequenas hortas e pomares onde se cultivavam a couve, a mostarda, a taioba, o feijão, o milho, entre outros.
O aproveitamento das frutas produzidas na propriedade para fabricação de doces de fruta em barra, tais como goiabada, bananada e outros, é uma atividade muito importante, principalmente, para o pequeno produtor rural, porque agrega valor à sua produção e aumenta a sua renda. É interessante, também, como aproveitamento das frutas de final de safra, ou aquelas que não dão classificação adequada para o mercado de frutas in natura. Além disso, possibilita o aproveitamento das partes das frutas que não são utilizadas no processamento de compotas, geleias e doces cristalizados.
A produção de goiabas permite várias formas de aproveitamento dos frutos produzidos. Para se ter ideia, a goiaba é muito empregada nas indústrias de néctar, suco, refrigerantes, compota, biscoitos e muitos outros produtos, além de ser amplamente consumida como fruta fresca. Portanto, trata-se de uma cultura que oferece bons resultados não só com a comercialização no mercado interno, mas, também, no mercado exportador, com boas perspectivas de negócios.