O calcário pode ser dolomítico ou calcítico, escolher entre um tipo e outro depende da necessidade da planta cultivada e da relação Ca/Mg presente no solo. “Em relação ao custo benefício, por conterem maior concentração de óxido de cálcio e magnésio, os dolomíticos são a fonte de magnésio mais econômica para usos agrícolas”, explica Júlio César Lima Neves, professor do Curso CPT Aplicação Econômica de Adubos.
Por ser o calcário uma rocha moída, a sua reação com o solo é muito lenta. Por isso, é recomendado que a sua aplicação seja feita com, pelo menos, três meses de antecedência ao plantio, principalmente quando se utiliza calcário com granulação mais grossa, que dificulta a reação com o solo.
O solo brasileiro é predominantemente ácido, com exceção de algumas áreas do nordeste. Essa acidez tem como fonte os grupos ácidos dos minerais de argila, a ação de agentes de intemperismo e cultivos, e a reação de alguns fertilizantes, explica Júlio César Lima Neves, professor do Curso CPT Aplicação Econômica de Adubos.
A calagem corrige a acidez do solo, faz com que as plantas aproveitem melhor os nutrientes e promove o aumento da capacidade de troca catiônica. Sem falar que essa técnica neutraliza o alumínio (elemento altamente tóxico para as plantas). Como a maior parte dos solos brasileiros são ácidos, torna-se indispensável fazer a calagem para tornar viável a produção agrícola.