Grande nome da literatura renascentista, François Rabelais foi um escritor, padre e médico francês, cuja poesia conseguiu transitar tanto nos meios mais eruditos (sendo muito criticada entre estes, levando o cunho de banalizadora, sensualizada e de mau gosto, cheia de elementos repudiados pela sociedade mais disciplinar), quanto nos meios mais populares apesar de, neste caso, o público ser bem menor.
Ficou para a posteridade como o autor das obras primas cômicas Pantagruel e Gargântua, que exploravam lendas populares, farsas, romances, bem como obras clássicas.
“Logicamente, para ter acesso às obras era necessário saber ler, o que na época não era condição comum na sociedade menos favorecida. Portanto, somente os letrados das classes de mais recursos e alguns poucos de outras menos abastardas tinham acesso às poesias de Rabelais, assim como de outros autores”, explica Fábio Rigueira Simão, professor responsável pela Aula 2, Apoteose do Homem Renascimento Cultural e Antropocentrismo, elaborada pelo Centro de Produções Técnicas – CPT.
Nas várias obras de Rabelais é comum encontrar críticas satíricas à sociedade da época, colocando reis, gigantes, glutões, comilões e beberrões como personagens de seus enredos, um humor muito extravagante que fugia completamente à postura anterior da literatura, ou seja, a literatura da época medieval.
É neste instante, portanto, que as obras de Rabelais caracterizam-se como transformadoras. Serviu-se da estrutura narrativa das gestas, do estilo picaresco e da riqueza vocabular para versar alguns dos problemas mais decadentes do seu tempo, como a vivência religiosa, a administração da justiça ou a guerra justa.
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Por Silvana Teixeira.
Fonte: Wikipédia.
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