A reforma ortográfica teve seu auge no ano de 2009 e nada mais foi que uma tentativa de se unificar a língua portuguesa do Brasil com a língua portuguesa usada em outros sete países, sendo ela considerada a língua oficial ou não, afirma Rozimar Gomes, professora responsável pela Aula 7 – Reforma Ortográfica, elaborada pelo Centro de Produções Técnicas.
Durante esse encontro, decidiu-se que:
- Em primeiro lugar o trema, que foi abolido da língua portuguesa, antes utilizado em linguiça, arguir, bilíngue, tranquilo e cinquenta. Há de se considerar, no entanto, que palavras estrangeiras ou derivadas de outras línguas continuam sendo grafadas com esse sinal ortográfico.
- Em segundo lugar, o acento dos ditongos tônicos abertos “éi” e “ói” em palavras paroxítonas. O mesmo sinal continua prevalecendo nas palavras oxítonas. Exemplos de paroxítonas que perderam o acento: heroico, paranoico, asteroide, proteico.
- Palavras que terminam em “óia”, “óias”, “éia”, “éias”, “óio” e “éio”, não são mais acentuadas. Exemplo: joia, joias, ideias, jiboia, plateia, apoia, estreia, estreio, geleia e mocreia.
- Palavras que têm o grupo “éi” e “éi” na última sílaba, continuam sendo acentuadas normalmente. Exemplo: papéis, herói, heróis.
- Em terceiro lugar, caiu o acento circunflexo dos hiatos “oo” e “ee” em todas as formas verbais e nos substantivos, como exemplo voo e veem.
- O mesmo ocorreu com as palavras que têm hiato precedido de ditongo, como feiura e bocaiuva, também perderam o acento. Continua, porém, em saúde e alaúde.
- Palavras que tinham acento diferencial também o perderam, por exemplo a palavra forma. O exceto é para o verbo poder nos tempos verbais presente e pretérito, pôde e pode.
- O uso do hífen, também muito pautado durante o encontro sobre a reforma ortográfica, será pautado nas seguintes situações:
Situação 1- sempre se usa o hífen diante de palavras começadas com “h”. Ex.: super-homem, anti-higiênico, sobre-humano.
Situação 2- caiu o hífen para prefixos terminados com uma letra qualquer, inciando-se a próxima palavra com letra diferente. Exemplo dessa regra são as palavras autoescola, infraestrutura, socioeconômico, antiaéreo, supersônico, intermunicipal, superinteressante e várias outras. Exceção para micro-ondas.
Situação 3- manteve-se o hífen nas palavras que começam com h. exemplo: super-homem.
Situação 4- palavras que iniciam com r ou s, perderam o hífen e tiveram essas consoantes duplicadas. Exemplos: minissaia, antirracismo, ultrassom, semirreta.
Situação 5- não se usa o hífen em palavras que perderam a noção de composição. Ex.: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedismo.
Situação 6- o prefixo “co” junta-se, em geral, ao segundo elemento, mesmo quando este se inicia por “o”. Ex.: Coobrigação, coordenar, coordenação, cooptar.
Situação 7- sempre se usa o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice. Ex.: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-fronteira, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu, vice-rei. Exceção: com os prefixos “pre” e “re” não se usa o hífen mesmo diante de palavras começadas por “e”. Ex.: preexistente, preelaborar, reescrever, reedição.
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Por Silvana Teixeira.
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Comentários
LEDA SANTOS DE OLIVEIRA
5 de fev. de 2019algumas vezes erro na dissertação
Resposta do Portal Cursos CPT
5 de fev. de 2019Olá Leda,
Agradecemos a visita e comentário em nosso site.
Atenciosamente,
Mariana Caliman Falqueto