Especialista: O poder do jornalismo televisivo sobre a vida das pessoas

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Vivemos em um mundo em que a imagem permeia a vida das pessoas, em que a mídia tem uma importância muito grande, onde a comunicação tem seu papel valorizado a cada dia. O audiovisual é, portanto, portador de mensagens variadas, possibilitando leituras diversas, além de interdisciplinaridade e transversalidade ao conhecimento.

"Os meios de comunicação também estão associados ao jornalismo, seja ele televisivo, impresso ou radiofônico, como elementos de importante influência sobre a vida das pessoas”, afirma José Mauro de Souza Lima, professor responsável pela Aula 1 - Jornalista, elaborada pelo Centro de Produções Técnicas.

Como fonte proeminente de informação da população, o jornalismo da televisão tem uma função de grande importância. Por essa razão, principalmente, as vagas para jornalistas no mercado de trabalho estão cada vez mais em alta. No entanto, alcançam os patamares mais elevados apenas os melhores profissionais.

"Usando o lúdico, os diferentes gêneros televisivos, os programas de variedades, o jornalismo, os documentários e o esporte, sempre apresentados para o entretenimento, a televisão influencia muito a vida dos seus telespectadores. Ela, pouco a pouco, estrutura e modela conceitos e valores, de maneira que seja desenvolvida uma espécie de união entre o que é imaginário e o que é real, de forma a condicionar o espectador", relata José Mauro.

O discurso persuasivo da televisão faz com que o telespectador, pela fantasia e pela emoção, identifique-se com os personagens e com as cenas assistidas, relembrando e associando-as a momentos de sua vida, produzindo sensações de alegria ou tristeza.

É dessa maneira que muitos hábitos, bons ou maus, acabam sendo introduzidos na vida das pessoas. É assim que alguma coisa, que era ruim antes, agora fica boa, vira moda e depois produto de consumo de massa. Da mesma forma, um grande sucesso de hoje cai no esquecimento em pouco tempo, esquecido pela mídia e, em consequência, por nós.

Valores culturais

A cultura brasileira, apesar de múltipla, sofre com a tendência dos meios de comunicação de massa a homogeneizar costumes, manifestações culturais e valores.

Em especial na televisão, a cultura brasileira mais visível é pouco plural. É o caso dos sotaques, em relação aos quais se percebe uma tendência de se fazer crer que os sotaques ideais para o Brasil seriam o neutro e o carioca. Os sotaques mineiro, gaúcho, nordestino e paulista do interior, geralmente, são apresentados de forma estereotipada, em personagens engraçados, caipiras, geralmente ridicularizados.

Também, o “jeito de ser” é abordado desta maneira: aos personagens identificados como favelados é dado, na maioria das vezes, o estereótipo do malandro, esperto, que não gosta de trabalhar e que, no final das contas, vai se dar mal.

Trata-se de uma visão preconceituosa, pois a grande maioria das pessoas que vive em uma favela ou em bairros mais pobres é como qualquer pessoa: honesta, trabalhadora, que busca um futuro melhor.

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Por Silvana Teixeira.